22 de novembro de 2024 Doar
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Sete dados sobre a vida e a obra de são Tomás More

Retrato em miniatura de são Tomás More por Hans Holbein (1600) no Museu de Arte de Cleveland | Domínio público.

A Igreja celebra hoje (22) são Tomás More, advogado e escritor inglês que se destacou pela defesa do matrimônio na Igreja Católica contra o divórcio do rei Henrique VIII, que no século XVI fundou a Igreja da Inglaterra, separando-a de Roma.

São Tomás More trabalhou toda a sua vida como pai e político para que os cidadãos respeitassem a fé, a ética e a moral católicas. Ele costumava dizer que "o homem não pode ser separado de Deus, nem a política da moral".

1. Ele é padroeiro dos políticos

Em 31 de outubro de 2000, são João Paulo II declarou são Tomás More o padroeiro dos políticos e governantes.

"São Tomás More se distinguiu pela sua constante fidelidade à Autoridade e às instituições legítimas, porque pretendia servir nelas, não ao poder, mas ao ideal supremo da justiça. A sua vida ensina-nos que o governo é, primariamente, um exercício de virtude", disse João Paulo II.

2. Foi um pai e marido exemplar

São Tomás More foi casado com Jane Colt, com quem teve quatro filhos: um homem e três mulheres. Após ficar viúvo, o santo casou-se pela segunda vez com Alice Middleton, que era viúva e tinha uma filha.

São João Paulo II disse que "diariamente, Tomás participava da missa na igreja paroquial," e que "ao longo de toda a sua vida, foi um marido e pai afetuoso e fiel, cooperando intimamente na educação religiosa, moral e intelectual dos filhos".

"A sua casa acolhia genros, noras e netos, e permanecia aberta a muitos jovens amigos que andavam à procura da verdade ou da própria vocação. Na vida de família dava-se largo espaço à oração comum e à lectio divina, e também a sadias formas de recreação doméstica", acrescentou.

3. Defensor do matrimônio

São Tomás More destacou-se por defender com a vida a indissolubilidade do matrimônio, pois ocupando o cargo de chanceler de Henrique VIII, rei da Inglaterra, enfrentou a coroa ao se recusar a assinar a Ata de Sucessão e Supremacia.

Aqueles que assinavam este documento aceitavam a decisão do monarca de se separar da Igreja Católica para se divorciar da esposa e se casar novamente, e também o reconheciam como chefe supremo da Igreja Anglicana, substituindo o papa.

Como esta decisão ia contra a Igreja Católica e contra a natureza intrínseca do sacramento do matrimônio, o santo tentou dissuadi-lo, mas como não teve sucesso, renunciou a todos os seus cargos. Mais tarde, ele foi preso e condenado à morte.

4. Ele se destacou na literatura universal

São Tomás More, amigo de Erasmo de Roterdã e de Luis Vives, figuras ilustres da cultura renascentista, publicou em 1516 "Utopia", uma crítica contundente às mazelas sociais de seu tempo.

A obra, essencial na história do pensamento ocidental por sua riqueza filosófica, política e teológica, chamou a atenção do monarca inglês Henrique VIII, que o convocou para fazer parte da administração pública.

5. Ele rezava a Deus para ter senso de humor

Entre os muitos de seus escritos, são Tomás More criou uma oração com a qual pedia bom ânimo a Deus.

"Dá-me, Senhor, senso de humor. Concedei-me a graça de compreender as brincadeiras, para que eu conheça um pouco da alegria da vida e possa comunicá-la aos outros", rezava.

6. Ele escreveu obras na prisão

Durante os 14 meses que passou na prisão, o santo fez vários escritos que, em suma, testemunham "a fidelidade do ser humano à sua consciência, à verdade e aos seus princípios".

Além de suas cartas, uma "Instrução para Receber o Corpo de Cristo" e várias orações, o santo escreveu duas importantes obras: "Um diálogo da fortaleza contra a tribulação" e a obra inacabada "A Agonia de Cristo".

7. Morreu como mártir

São Tomás More foi decapitado e morreu como mártir em 6 de julho de 1535, após se opor à ruptura com a Igreja Católica.

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Na forca, antes de ser executado, o santo disse à multidão: "Morro como bom servidor do rei, mas primeiro como servidor de Deus".

Em 19 de maio de 1935, o papa Pio XI canonizou são Tomás More e o bispo são João Fisher, que o apoiou em sua luta pela defesa da indissolubilidade do matrimônio e também morreu decapitado poucos dias antes dele. Sua festa litúrgica é celebrada todo dia 22 de junho, junto com são João Fisher.

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