17 de novembro de 2024 Doar
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Pró-vidas dos EUA pressionam pela proteção nacional dos nascituros

Ativista pró-vida nos EUA | José Portolano (CNA

Um grupo de líderes pró-vida reuniu centenas de pessoas no sábado (24) nas escadas do Monumento a Lincoln em Washington, DC, para comemorar o primeiro aniversário da decisão da Suprema Corte dos EUA que derrubou a sentença do caso Roe x Wade e incentivar a luta para conseguir a proteção legal total para todos os nascituros desde a concepção em todos os 50 Estados americanos.

A sentença Roe x Wade de1973, liberou o aborto em todo o país. Em 24 de junho de 2022, a decisão do caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization pela Suprema Corte derrubou Roe x Wade. Depois de Dobbs, cada Estado dos EUA pode legislar sobre o aborto como quiser.

Kristan Hawkins, presidente de Students for Life of America, disse que, embora estivesse satisfeita com o fato de 25 estados terem aprovado fortes leis pró-vida, ainda estamos "vivendo num estado de divisão" no país, onde "a localização de uma pessoa determina se ela sobreviverá ao desafio do aborto como nós sobrevivemos".

Hawkins disse que o país deve se tornar "um Estados Unidos onde cada ser humano seja reconhecido como a pessoa única que é, com os mesmos direitos e a mesma proteção garantida pela 14ª Emenda, não pelo Estado em que sua mãe mora, ou se é considerado conveniente, ou pelas circunstâncias de sua concepção".

Hawkins disse à CNA, a agência em inglês da EWTN, que os líderes pró-vida estão se unindo em torno da convicção de que "todo ser humano é uma pessoa humana no momento da concepção" e que as cláusulas de justiça igualitária da 14ª Emenda devem ser aplicadas igualmente para as pessoas no útero.

Os líderes pró-vida querem "ver todos os candidatos presidenciais se unir a nós para reconhecer o que está claramente escrito na 14ª Emenda: que todos os seres humanos são pessoas humanas e merecem a mesma proteção de nossas leis", disse Hawkins.

Lila Rose, presidente do grupo pró-vida Live Action, chamou essa emenda de "uma das notas mais bonitas de nosso hino nacional", mas lamentou que essas proteções não envolvam os nascituros.

Rose disse que é uma "contradição trágica" que, ao mesmo tempo em que celebram "os avanços na assistência pré-natal e na tecnologia, negamos simultaneamente a personalidade e os direitos dessas mesmas crianças. É inconcebível negar seletivamente esses direitos a um grupo de seres humanos só com base em sua localização: o útero".

Mike Pence, pré-candidato presidencial republicano, também participou da manifestação. Pence recentemente convidou outros pré-candidatos do partido a apoiar, a nível nacional, que o aborto seja permitido só até as 15 semanas de gravidez.

Pence incentivou a defesa dos bebês "e do seu direito inalienável à vida", e prometeu que com a sua família "nunca descansarão nem desistirão enquanto não restaurarmos a santidade da vida no centro da lei americana em todos os Estados do país".

Marjorie Dannenfelser, presidente da SBA Pro-life America, convocou os candidatos presidenciais de 2024 a agirem juntos.

As pesquisas de Gallup mostram que a maioria dos americanos preferiria limitar o aborto aos três primeiros meses de gravidez. "Temos um consenso neste país", disse Dannenfelser. Para ela, isso pode ser o começo. Ela espera que o presidente que seja eleito trabalhe "na justiça e no amor", pelas mães e seus bebês.

Melissa Ohden, que sobreviveu a um aborto com infusão salina com 31 semanas de gestação, participou da manifestação junto com sua filha mais velha, Olivia, de 15 anos, e uma faixa que dizia: "Bebês sobrevivem a abortos. Eu sou uma delas".

"Foi algo muito pessoal que Roe tenha sido anulado", disse à CNA. O dia 24 de junho de 2022 "é um dia que podemos celebrar, mas não é uma oportunidade para fazer uma pausa, respirar; é um tempo para continuar trabalhando duro."

Em seu trabalho à frente da Rede de Sobreviventes do Aborto, Ohden disse que, desde que a Suprema Corte anulou o caso Dobbs, "mais mulheres do que nunca tentaram entrar em contato conosco depois que seus abortos químicos falharam".

Portanto, é importante entrar em contato com as mães que são vulneráveis a abortos químicos, que constituem a maioria dos abortos no país, disse ela.

Ohden disse que, desde Dobbs, o movimento pró-vida "continuou sendo o lado que fornece recursos e apoio, seja em nível comunitário ou estadual, pressionando por políticas federais que apoiem melhor as mães, as crianças e as famílias".

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