24 de novembro de 2024 Doar
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STF não tem autoridade para dizer ‘agora é pessoa, agora não’, diz arcebispo de Curitiba

Dom José Antonio Peruzzo | Captura de vídeo

O arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antonio Peruzzo, alertou sobre o risco da tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que quer descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação. "Nenhum juiz tem autoridade para dizer 'agora é pessoa, agora não'. Mas, parece que querem brincar de ser deuses. Não permitamos isso", disse o arcebispo.

A ADPF 442 foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017 pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol). A ação está sob relatoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da corte. Weber vai se aposentar em outubro deste ano e pretende pôr a matéria em julgamento antes de sua aposentadoria.

Em um vídeo publicado pela arquidiocese de Curitiba, dom Peruzzo se referiu à Biologia e disse que "se sabe que o zigoto formato, óvulo e espermatozoide, começa um dinamismo biológico que não é interrompido nem para menos nem para mais depois. Há um dinamismo retilíneo de vida biológica".

O arcebispo questionou: "Quem define que essa vida biológica é pessoa? Quando passa a ser pessoa?  Até antes da 12ª semana não é e depois passaria a ser?". Segundo ele, talvez por "não considerar pessoa", acredita-se que "se possa eliminar". "Mas, é o biólogo que diz quando começa a ser pessoa? É o médico? É o engenheiro molecular? É o padre? É o filósofo?", acrescentou.

Dom Peruzzo destacou que "há uma realidade da vida humana que se sobrepõe qualquer critério, quer das ciências, quer das lógicas, quer das opiniões". "É um valor absoluto", disse.

"Para quem crê, quem ama o seu Deus, percebe que há algumas dignidades que são absolutas e se sobrepõem a qualquer outra argumentação ou verdade", disse.

O arcebispo de Curitiba convocou os fiéis a serem "orantes", acompanharem a tramitação da ADOF 442 e cobrarem os ministros do STF. "Vamos pedir, insistir, cobrar dos ministros do Supremo que não desrespeitem uma convicção que nasce da vida, das formas mais singelas, mas também mais verdadeiras de compreensão de quem é a pessoa humana". "Acompanhe, leia, telefone, pressione se for o caso", concluiu.

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