5 de dezembro de 2024 Doar
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Santo Agostinho aceitava os sete sacramentos? Resposta a um mito protestante

Pintura de santo Agostinho de Hipona no Museu Fitzwilliam em Cambridge. | Lawrence OP/Flickr (CC BY-NC-ND 2.0).

Muitos protestantes, particularmente os calvinistas, tentaram “mostrar” santo Agostinho como um dos seus no que e refere aos sacramentos. Aqui estão algumas razões que mostram que eles falharam.

Dave Armstrong, autor e apologista católico, disse num artigo publicado no jornal National Catholic Register, do grupo EWTN ao qual pertence a ACI Digital, que é surpreendente a frequência com que se diz que o grande padre da Igreja, santo Agostinho (354-430), esteve mais próximo das crenças protestantes do que das católicas. “Escrevi várias vezes sobre vários aspectos deste mito protestante”, disse ele.

O batista reformado James White, importante apologista anticatólico, escreveu em “Whitewashing Church History” de 2000 que “romanos controversos deveriam ser conscientes de que Agostinho não é amigo de sua causa”

White, junto com muitos protestantes (particularmente calvinistas), tenta “exibir” santo Agostinho como um dos seus. Esta tem sido uma prática padrão desde Lutero e Calvino, mas quais são os fatos sobre o assunto?

Uma forma de mostrar que santo Agostinho permaneceu católico é a documentação que ele deixou sobre os sete sacramentos, enquanto muitos protestantes aceitam apenas dois ou nenhum.

1) Sagrada Eucaristia (Transubstanciação ou presença real)

Havia prometido a vocês que foram batizados explicar, na homilia, o sacramento do Senhor... Este pão que vocês veem sobre o altar, santificado pela palavra de Deus, é o corpo de Cristo. Este cálice, ou seja, o que está contido no cálice, santificado pela palavra de Deus, é o sangue de Cristo. (Sermão 227: Ano 411)

2) Batismo e regeneração batismal

É uma coisa excelente que os cristãos púnicos (norte-africanos) digam batismo de salvação e o sacramento do corpo de Cristo nada mais que vida.

De onde surge isso, exceto de uma tradição apostólica e, como suponho, antiga, pela qual as igrejas de Cristo mantêm inerentemente que sem o batismo e a participação na mesa do Senhor é impossível que um homem chegue ao reino de Deus ou à salvação e à vida eterna? Este também é o testemunho das Escrituras.

O sacramento do batismo é muito claramente o sacramento da regeneração

(Perdão e o justo deserto dos pecados; e o Batismo das Crianças. Ano 412; 1:24:34 e 2:27:43).

O batismo lava todos, absolutamente todos os nossos pecados, de obra, palavra ou pensamento, seja pecado original ou outros, cometidos consciente ou inconscientemente (Contra duas cartas dos pelagianos Ano 420, 3:3:5)

3) Reconciliação: Confissão, absolvição e penitência

Não estou lhe dizendo que você vai viver esta vida sem pecado: pois existem pecados veniais, que esta vida nunca está sem. O Batismo foi instituído para perdoar todos os pecados: e para perdoar os pecados leves, sem os quais não podemos viver, a oração foi instituída... Mas, não tenha a audácia de cometer aqueles pecados que necessariamente te separam do Corpo de Cristo, tal coisa fora de você! Na verdade, você vê que aqueles que cometeram crimes graves, como adultérios ou alguns crimes enormes, estão fazendo penitência; é por isso que eles estão fazendo penitência. Porque se os seus pecados fossem leves, a oração diária seria suficiente para perdoá-los.

Na Igreja, portanto, há três maneiras em que os pecados são perdoados: pelo batismo, pela oração e na maior humildade da penitência (Sermão aos Catecúmenos sobre o Credo, Ano 395; 7:15, 8:16)

Não vamos ouvir aqueles que negam que a Igreja de Deus tem o poder de perdoar todos os pecados (De agon. Cristo, iii).

Um abcesso havia se formado em sua consciência; ele o atormentado e não lhe deu nenhum descanso .... confesse, e na confissão deixe o pus sair e escoar, e depois já exulte, alegre-se (Explicação do Salmo 66, não .6; Ano 420)

4) O matrimônio

Sem dúvida, a res (virtude própria) do sacramento é que o homem e a mulher, unidos em matrimônio, perseverem juntos enquanto viverem... Sem dúvida, a res (virtude própria) do sacramento é que o homem e a mulher, unidos em matrimônio, perseverem unidos enquanto viverem. Quanto ao sacramento - que não se destrói nem pelo divórcio nem pelo adultério - deve ser guardado pelos esposos com castidade e concórdia. (Matrimônio e Concupiscência, Ano 419; 1:10:11 e 1:17:19)

5) Crisma

E por esta unção se deseja que o sacramento da crisma seja entendido, o que é realmente santo como entre as classes de sinais visíveis, como o próprio batismo (Contra Petilio, o Donatista, Ano 403; 2, 104, 239; in NPNF 1, IV, 592).

E nos Atos dos Apóstolos está mais simplesmente escrito sobre Ele, "porque Deus o ungiu com o Espírito Santo". Certamente não com óleo visível, mas com o dom da graça, que é significado pela unção visível com que a Igreja unge os batizados (Sobre a Trindade, Ano 417; Livro XV, 26,46).

6) Ordem sacra ou ordenação

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O mesmo se dá com a sagrada ordenação, que é conferida a um clérigo para que dirija uma comunidade de fiéis. Mesmo que essa comunidade não exista ou não se tenha formado, o sacramento da ordem não deixa de subsistir em quem o recebeu. Se, por faltas cometidas, um ordenado for privado de seu ministério, ele ainda conserva o sacramento do Senhor como um selo indelével, mesmo que isso seja para seu julgamento e condenação. (A bondade do matrimônio, 401 d.C.; 24,32; in NPNF1, III: 412).

7) A unção dos enfermos ou a extrema-unção

No livro Speculum de Scriptura de santo Agostinho, de 427 (P.L. XXXIV, 887-1040), que pretende ser um manual de piedade cristã, doutrinal e prático, é citada a oração da unção dos enfermos de são Tiago. Este fato demonstra que o rito era comum na prática cristã da época.

Também nos é dito no livro Vida de Agostinho de Posídio que o próprio santo "seguia a regra deixada pelos Apóstolos de visitar as viúvas e os órfãos sozinhos nas suas tribulações (Tg 1,27) e que, se acontecesse que os doentes lhe pedissem para rezar ao Senhor por eles e impor-lhes as mãos, ele deveria fazê-lo sem demora (Enciclopédia Católica, 1913).

O autor do artigo, Dave Armstrong, é um autor e apologista católico, que tem defendido a fé cristã desde 1981, ele entrou para a Igreja Católica em 1991. O seu sítio Web "Evidência bíblica do catolicismo" está no ar desde março de 1997. É casado com Judy desde outubro de 1984. Têm três filhos e uma filha.

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