27 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco vai abençoar uma escultura de Nossa Senhora resgatada do lixo na Mongólia

Catedral de São Pedro e São Paulo em Ulan Bator. | davaadorj.sfs (CC BY-SA 4.0)

O papa Francisco começa hoje (31) a sua 43ª viagem apostólica internacional, que será na Mongólia até 4 de setembro, com o lema “Esperar juntos”.

Dentro do programa está previsto que o papa Francisco tenha um encontro com bispos, sacerdotes, missionários, pessoas consagradas e agentes pastorais no próximo sábado (2) na catedral de São Pedro e São Paulo, em Ulan Bator.

Na catedral o papa terá um breve encontro com a senhora Tsetsege, que resgatou uma escultura de Nossa Senhora de um depósito de lixo.

Esta imagem é conhecida como “Mãe do Céu” e, diante dela, o prefeito apostólico de Ulan Bator, cardeal Giorgio Marengo, fez a consagração da Mongólia a Nossa Senhora.

Segundo a agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, a origem da escultura é desconhecida, pois foi encontrada em uma região do norte da Mongólia onde não existiam comunidades cristãs na época.

A senhora Tsetsege colocou a imagem em um lugar de destaque em sua ger ou yurt (casa tradicional mongol), onde passou despercebida até a chegada dos missionários salesianos a Darkhan.

 

Um yak e um leopardo da neve

A catedral original de Ulan Bator foi construída no final do século XX graças ao impulso do missionário filipino da Congregação do Imaculado Coração de Maria, monsenhor Wenceslao Selga Padilla, que já morreu.

O projeto da nova catedral, projetada pelo arquiteto sérvio Predak Stupar, só aconteceu com a criação da prefeitura apostólica em 2002. 

O templo foi consagrado pelo cardeal Crescensio Sepe, que na época exercia o cargo de prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.

A sua estrutura evoca a casa típica dos nômades mongóis e, em 2005, foram acrescentados 36 vitrais à cúpula, desenhados pelo irmão Mark da Comunidade de Taizé. Quatro deles representam os evangelistas são Mateus, são Marcos, são Lucas e são João, cujas iconografias tradicionais na Igreja Católica são um anjo, um leão, um boi e uma águia.

No caso da catedral mongol, o artista responsável por estas obras transformou o leão e o boi em um leopardo das neves e um yak, para melhor adaptar o seu significado à comunidade local.

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