5 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco pede a intercessão de são Bento para acabar com “o flagelo da guerra”

Papa Francisco em oração. | Daniel Ibáñez/ACI Prensa

O papa Francisco enviou uma mensagem, divulgada hoje (22), aos participantes do congresso ecumênico na abadia de Pannonhalma, Hungria, na qual lembrou o desejo de paz de são Bento, abade e padroeiro da Europa.

Na sua carta, o papa disse que este encontro acontece “enquanto, infelizmente, a humanidade globalizada está ferida e ameaçada por uma guerra mundial em pedaços, que, travada diretamente em algumas regiões do planeta, tem consequências que prejudicam a vida de todos, especialmente dos mais pobres”.

Segundo Francisco, quem quiser se tornar um mensageiro da paz deve fazê-lo “com as suas palavras e ações”. “A convivência humana, com a graça de Deus, pode superar os perigos das disputas e da discórdia”, acrescentou.

Francisco centrou o seu olhar na visão de paz de são Bento e disse que esta não é utópica, “mas indica um caminho que a amizade de Deus com a humanidade já traçou e que, no entanto, cada indivíduo e a comunidade devem percorrer passo a passo”.

Para o papa, “a discórdia não deve se tornar um estado permanente”. Ele lembrou as palavras do padroeiro da Europa: “Em caso de disputa com um irmão, estabeleça a paz antes do pôr do sol”.

“Antes do pôr do sol: esta é a medida da prontidão do desejo de paz. Certamente, Bento adverte contra uma ‘falsa saudação de paz’, precipitada e pouco sincera, mas a busca da paz na justiça não permite demora, deve ser perseguida sem hesitação”, disse.

Francisco pediu aos participantes do congresso que permaneçam “no caminho da paz” e sejam “mensageiros e servidores da paz onde vivemos e trabalhamos”.

Ele os convidou a rezar pela paz, especialmente neste momento em que a guerra na Ucrânia “nos chama dramaticamente a abrir os olhos e o coração aos numerosos povos que sofrem por causa da guerra”.

Ele também recordou as palavras do Concílio Vaticano II: “Toda a ação bélica que tende indiscriminadamente à destruição de cidades inteiras ou vastas regiões e seus habitantes é um crime contra Deus e o próprio homem, que se deve condenar com firmeza e sem hesitação” (Constituição Pastoral Gaudium et Spes, 80).

“Por intercessão de são Bento, pedimos ao Deus Uno e Trino que o mundo seja libertado do flagelo da guerra e que 'cresça entre os povos um entendimento que garanta para todos os continentes a justiça e o pão, a liberdade e a paz ' (C.M. Martini, Oração pela Europa)”, concluiu o papa.

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