17 de novembro de 2024 Doar
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A Europa precisa de esperança, disse o papa Francisco

Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 27 de setembro | Daniel Ibáñez/ACI Prensa

Para alcançar a paz no Mediterrâneo “é preciso restituir esperança às nossas sociedades europeias, especialmente às novas gerações”, disse o papa Francisco na Audiência Geral de hoje (27). A Europa “tem necessidade de reencontrar paixão e entusiasmo”.

O papa Francisco dedicou a sua catequese de hoje (27) a falar sobre a sua viagem apostólica a Marselha, onde esteve de sexta-feira (22) a sábado (23).

Para o papa, o “desafio” é que “o Mediterrâneo recupere a sua vocação de ser laboratório de civilização e de paz”.

“O Mediterrâneo é berço de civilização, e um berço é para a vida! Não é tolerável que se torne um túmulo, nem um lugar de conflito”, disse. “O Mar Mediterrâneo é o mais oposto que existe ao conflito de civilizações, à guerra, ao tráfico de seres humanos”.

“As suas águas preservam tesouros de vida, as suas ondas e os seus ventos transportam embarcações de todos os tipos. Em resumo: é lugar de encontro e não de confronto, de vida e não de morte”, acrescentou o papa.

“Isso não acontece por magia, nem se realiza de uma vez por todas”, mas que é “o fruto de um caminho em que cada geração é chamada a percorrer um trecho, lendo os sinais dos tempos em que vive”.

Dos Encontros do Mediterrâneo, segundo o papa Francisco, “resultou um olhar sobre o Mediterrâneo, que definiria simplesmente humano, não ideológico, não estratégico, não politicamente correto nem instrumental, humano, isto é, capaz de remeter tudo para o valor primordial da pessoa humana e da sua dignidade inviolável”.

“E ao mesmo tempo”, continuou ele, “resultou um olhar de esperança. Hoje isto é deveras surpreendente: quando escutamos testemunhas que passaram por situações desumanas ou que as compartilharam, e precisamente delas recebemos uma ‘profissão de esperança’. E é também um olhar de fraternidade”, disse.

Segundo o papa Francisco, esta esperança e fraternidade “deve organizar-se, concretizar-se em ações a longo, médio e curto prazo. Para que as pessoas, em plena dignidade, possam optar por emigrar ou não emigrar. O Mediterrâneo deve ser uma mensagem de esperança”, disse.

Por fim, o papa Francisco pediu que Nossa Senhora “acompanhe o caminho dos povos do Mediterrâneo, para que esta região se torne aquilo que sempre foi chamada a ser: um mosaico de civilização e de esperança!”.

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