24 de dezembro de 2024 Doar
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Suspeitos de matar seminarista na Nigéria são presos

Uma captura de tela do vídeo cedido com a ACI África que mostra a casa paroquial de São Rafael Fadan Kamantan totalmente em chamas | ACI África.

Segundo relatos de agentes de segurança do estado nigeriano de Plateau, foram detidas oito pessoas envolvidas em vários crimes, incluindo o incêndio de uma casa paroquial na diocese de Kafanchan que causou a morte de um seminarista.

O irmão Na'aman Danlami morreu quando supostos bandidos Fulani atacaram a paróquia de São Rafael Fadan Kamantan durante a noite de 7 de setembro e incendiaram a casa paroquial, no que foi confirmado como uma tentativa de sequestro.

Em uma coletiva de imprensa no dia 29 de setembro, a liderança da Força Militar Especial, Operação Refúgio Seguro (OPSH, na sigla em inglês), declarou que oito suspeitos relacionados com o trágico incidente foram detidos.

“Entre esses suspeitos estão aqueles relacionados ao assassinato da Sra. Dorathy Jonathan, em 1º de setembro, na aldeia de Afana, Zango Kataf”, disse o porta-voz da OPSH, capitão James Oya. “Os suspeitos envolvidos no ataque e incêndio criminoso à igreja católica de São Rafael em Fadan Kamatan, em 7 de setembro, também estão aqui”, acrescentou.

O capitão Oya elogiou a “resposta rápida” das suas tropas, depois de ter resgatado “o pároco padre Emmanuel Okolo e o seu vigário, o padre Noah Monday”.

“No total, temos oito suspeitos sob custódia pela prática dos crimes acima mencionados e também pela gestão de um centro de fabricação de armas na região”, disse o responsável da OPSH. Ele também informou que durante a operação foram recuperadas 31 armas de vários tipos.

Em uma entrevista concedida à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o bispo de Kafanchan disse que “os agressores pretendiam sequestrar o pároco”.

“Quando fracassaram na tentativa de entrar na casa do padre, incendiaram-na. Os dois padres conseguiram escapar, mas, terrivelmente, o seminarista se queimou lá dentro”, disse.

O bispo nigeriano acrescentou: “O ataque durou mais de uma hora, mas não houve reação nem apoio das forças militares. Há um posto de controle a um quilômetro de distância, mas houve total ausência de reação”.

“Os cidadãos nigerianos estão desprotegidos. Quase não nos beneficiamos das forças de segurança”, disse.

O bispo descreveu a morte do seminarista Na'aman como “uma perda terrível”. Segundo ele, esse assassinato não é o primeiro na sua sé episcopal, que serve ao estado de Kaduna.

“Este seminarista é o segundo membro que perdemos na diocese devido aos ataques terroristas dos bandidos Fulani”, disse dom Kundi, de 55 anos, que está à frente da diocese de Kafanchan desde a sua ordenação episcopal em fevereiro de 2020.

Ele também lembrou que no ano passado o padre John Mark Cheitnum, diretor de comunicações da diocese de Kafanchan, foi sequestrado e brutalmente assassinado.

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