REDAÇÃO CENTRAL, Oct 6, 2023 / 10:35 am
O secretário-geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, esteve na quarta-feira (4) em uma audiência pública na câmara municipal de Luziânia (GO) por ocasião do Encontro a Favor da Vida em alusão ao Dia do Nascituro, celebrado em 8 de outubro. Durante sua fala, o bispo defendeu que “o verdadeiro progresso, a verdadeira sociedade que progride é aquela que cuida das suas crianças”.
Dom Ricardo compareceu ao evento a convite do bispo de Luziânia e presidente do regional Centro-Oeste da CNBB, dom Waldemar Passini Dalbello. Em sua fala de 40 minutos, o secreta-geral da CNBB defendeu a dignidade da vida humana desde a concepção até morte natural, fazendo menção ao direito natural e à responsabilidade da sociedade de defender seus membros mais vulneráveis: os nascituros. “Esse nível de discurso que diz que estamos ‘atrasados’ nesse assunto, que precisamos ‘progredir’ nesse assunto… Isso é uma falácia”, disse.
O encontro aconteceu em meio à pauta do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, impetrada em 2017 pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez.
O julgamento da ADPF 442 começou no dia 22 de setembro no plenário virtual do STF, com o voto favorável da ex-presidente da Corte, ministra Rosa Weber. Mas, foi suspenso com o pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo. Com isso, o julgamento acontecerá de forma presencial no plenário do STF. Ainda não há uma nova data para sua retomada.
No evento da Câmara de Luziânia, dom Hoepers alertou para o conceito de cultura da morte, denunciada pelo papa são João Paulo II. Segundo ele, essa cultura está sendo promovida por grupos que buscam: desconstruir o conceito antropológico de natureza e pessoa humana, disseminar uma moral laxa e permissiva que tende ao hedonismo e eficientismo, fazer investimentos e ações sistematizadas no desmonte do direito natural e exercer uma engenharia social planejada e controlada para o total domínio da vida.
“A cultura da morte, é aquela cultura na qual se prevê que se as pessoas não servem mais, têm que ser excluídas, dizimadas, e você já viu isso acontecer lá atrás”, disse dom Hoepers.
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