4 de dezembro de 2024 Doar
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Custódio da Terra Santa pede orações em meio à guerra

Fumaça sobe sobre edifícios após ataques aéreos de aviões de guerra israelenses na cidade de Gaza em 10 de maio de 2023. | Anas-Mohammed - Shutterstock

Com a guerra entre Israel e o Hamas iniciada com o ataque do grupo terrorista islâmico se intensificando, o vigário-geral da custódia da Terra Santa falou sobre a situação na região e encorajou cristãos a rezarem pela paz no Oriente Médio.

O padre Ibrahim Faltas, frade franciscano radicado em Jerusalém, atua como vice-custódio da Terra Santa, o que faz dele o primeiro árabe a ocupar o cargo. As responsabilidades do religioso de 59 anos incluem as escolas da custódia da Terra Santa e a gestão da Casa Nova em Jerusalém.

“A situação atual pode ser descrita como horrível! Moro aqui há muitos anos, mas nunca vi nada parecido”, disse o franciscano à ACI MENA, agência em árabe do grupo EWTN.

“Vivi lá durante as guerras, mas a situação não era tão grave como agora. O que está acontecendo agora é anormal para todos nós.”

Dada a violência em curso, o sacerdote disse à ACI MENA: “Não sabemos quando a guerra irá parar e não sabemos o que esta guerra irá implicar no final. A situação é exaustiva para todos aqui.”

Depois do ataque a Israel em diversas frentes sem precedentes do Hamas, grupo radical muçulmano que controla a Faixa de Gaza, ter matado 1,2 mil pessoas, o governo israelense lançou ataques aéreos na Faixa de Gaza, que está sendo bloqueada.

A Cáritas Jerusalém, que atende às necessidades das pessoas na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém, suspendeu as atividades.

O grupo radical muçulmano, que fez cerca de 130 reféns israelenses, ameaçou matar um refém sempre que os militares israelenses bombardearem alvos civis em Gaza sem aviso prévio.

O franciscano destacou que o papel mais importante que a Igreja poderia desempenhar nesta conjuntura é “rezar para que a paz seja alcançada o mais rapidamente possível”, reconhecendo o medo palpável entre os cidadãos, incluindo os cristãos, de ambos os lados do conflito.

“Os cristãos enfrentam dificuldades e desafios em todos os lugares, de ambos os lados, uma vez que todas as instituições eclesiásticas e mosteiros estão fechados neste momento e os funcionários não podem chegar aos seus locais de trabalho devido ao recolher obrigatório. Temos muitas instituições afiliadas a nós, mas todas as nossas atividades pararam no momento. Os cristãos têm medo de deixar casas e abrigos e, portanto, todo o nosso trabalho foi interrompido no momento”, detalhou Faltas ao discutir a situação dos cristãos.

“Há cerca de 800 cristãos na Faixa de Gaza. Seus números eram superiores a 5 mil há apenas cinco anos, mas muitos deles foram forçados a emigrar e a deixar a região”, disse o religioso à ACI MENA.

“O Papa e a Igreja apelaram repetidamente à necessidade de regressar à mesa de diálogo entre as partes em conflito, mas infelizmente não foram ouvidos”, disse o padre Faltas ao destacar os repetidos apelos da Igreja ao diálogo.

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