18 de dezembro de 2024 Doar
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Os santos não são heróis inimitáveis, todos podemos refletir o amor de Deus, diz papa Francisco

Papa Francisco durante o Ângelus | Vatican Media

Após a missa de encerramento do Sínodo da Sinodalidade, o papa Francisco conduziu a oração do Ângelus, da janela do Palácio Apostólico do Vaticano. Ele disse que todos são chamados a ser uma “gota” que reflete o amor de Deus , assim como os santos.

Diante dos fiéis que o ouviam na Praça de São Pedro, o papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia, no qual Jesus fala do “grande mandamento do amor”: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.

O papa Francisco disse que isto mostra que “Deus sempre nos precede” e que é nos seus braços onde aprendemos a amar. “Tudo começa Dele”, ressaltou.

O papa disse que o amor a Deus está ligado ao amor ao próximo. “Significa que, ao amarmos nossos irmãos, refletimos, como espelhos, o amor do Pai. Refletir o amor de Deus”.

“Refletir o amor de Deus, esse é o ponto; amar Ele, a quem não vemos, por meio do irmão que vemos”, disse.

Lembrou então que “um dia, um jornalista perguntou a santa Teresa de Calcutá se ela acreditava que estava mudando o mundo com o que fazia, e ela respondeu: 'Nunca pensei que pudesse mudar o mundo! Só tentei ser uma gota de água limpa na qual o amor de Deus pudesse brilhar’”.

“Foi assim que ela, tão pequena, foi capaz de fazer tanto bem: refletindo como uma gota o amor de Deus. E se às vezes, olhando para ela e para outros santos, chegamos a pensar que eles são heróis inimitáveis, pensemos nessa pequena gota - o amor é uma gota que pode mudar muitas coisas”.

Ele disse que isso pode ser alcançado “dando o primeiro passo, como Deus faz conosco: sem esperar que os outros se movam, sem esperar que o mundo, a sociedade e a Igreja mudem, sem esperar ou buscar reconhecimentos”.

“Pensando no amor de Deus que sempre nos precede, podemos perguntar-nos: sou grato ao Senhor, que me ama por primeiro? Encontro-me com Ele todos os dias para deixá-lo me transformar?”.

“Tento refletir o amor dele? Ou seja, faço um esforço para amar os meus irmãos, especialmente os mais fracos, aqueles que cometem erros, aqueles que me machucam? Retiro do meu coração, com a ajuda de Deus, as pátinas opacas do egoísmo, do ressentimento, da rigidez, do apego às coisas, daquilo que me impede de refletir claramente o amor do Pai?”, perguntou o papa Francisco.


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