24 de dezembro de 2024 Doar
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Supostas vítimas recebem com expectativa a decisão do papa Francisco sobre o caso Rupnik

Marko Rupnik. | Captura de vídeo/Diocese de Roma.

Um grupo de mulheres que acusam o padre e ex-jesuíta Marko Rupnik disse ontem (30) que a decisão do papa Francisco de suspender a prescrição do caso e ordenar a abertura de um novo julgamento contra o padre acusado de abuso “é um passo apropriado para que a verdade seja reconhecida”.

Gloria Branciani, Mirjam Kovač, Vida Bernard, Mira Stare e Jožica Zupančič são as autoras de uma nota enviada à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, na qual dizem ter ficado “muito surpresas” com a declaração da Santa Sé.

As cinco mulheres, ex-irmãs da Comunidade Loyola, criada por Rupnik na Eslovênia nos anos 1990, referem-se à mensagem divulgada na sexta-feira (27), pela Sala de Imprensa da Santa Sé, na qual se informava que o papa Francisco havia decidido suspender a prescrição do caso do para que haja um julgamento.

Segundo a Santa Sé, “em setembro, a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores informou ao papa que havia sérios problemas na forma como o caso do padre Marko Rupnik foi tratado e na falta de proximidade com as vítimas”.

“Consequentemente, o papa Francisco pediu ao Dicastério para a Doutrina da Fé que examine o caso e decidiu derrogar a prescrição para permitir a realização de um julgamento”.

As acusadoras esperam “que este seja um passo adequado para que a verdade seja reconhecida. Estamos aguardando novos desenvolvimentos”.

Quatro delas, com exceção de Jožica Zupančič, foram as mesmas que escreveram uma carta aberta em setembro de 2023 na qual diziam que haviam ficado “sem palavras” com o relatório final sobre a investigação canônica do Centro Aletti feita pela diocese de Roma.

As mulheres disseram que o encontro do papa com Maria Campatelli, atual diretora do Centro Aletti e colaboradora próxima do padre Rupnik, no dia 15 de setembro deste ano, lhes causou ainda mais dor, porque o papa nunca respondeu às cartas de membros e ex-membros da Comunidade Loyola.

O Centro Aletti é uma escola de arte e teologia em Roma que Rupnik dirigiu de 1995 a 2020, e onde supostamente abusou de alguns de seus membros.

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