24 de novembro de 2024 Doar
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Mais duas “lavanderias do papa” são abertas na Itália

O cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro papal, depois de inaugurar uma nova "Lavanderia do Papa" para moradores de rua. | Sala de Imprensa da Santa Sé

Duas novas “lavanderias do papa” foram inauguradas na cidade de Turim, no norte da Itália, na quinta-feira (2), para moradores de rua.

As novas instalações fazem parte de uma iniciativa lançada em colaboração com a gigante internacional de bens de consumo Procter & Gamble e a empresa de eletrônicos de consumo Haier Europe, com a ajuda da Comunidade de Sant'Egídio e da esmolaria apostólica, o escritório papal para o serviço da caridade.

“Com as duas novas lavandarias inauguradas em Turim esperamos poder ajudar muitas pessoas em dificuldade a melhorar as suas condições de vida, a partir da possibilidade de cuidar da sua higiene pessoal e de suas roupas”, disse o diretor de comunicação para a Procter & Gamble Itália, Riccardo Calvi.

As lavanderias estão localizadas na paróquia de San Giorgio Martire e no centro de acolhimento La Sosta, no centro da cidade de Turim, e são operadas por voluntários da Comunidade de Sant’Egidio.

As novas instalações incluem lavadoras e secadoras doadas pela Haier, e detergentes. Além dos serviços de lavanderia, há chuveiros quentes e será disponibilizada uma linha completa de produtos de higiene pessoal, como xampus, condicionadores, sabonetes líquidos, lâminas de barbear e cremes de barbear fornecidos pela Procter & Gamble.

Estes serviços são “oferecidos gratuitamente às pessoas mais pobres, em particular aquelas que não têm residência fixa”, disse Calvi.

Este não é o primeiro projeto desse tipo que o papa lança na Itália. Em 2015, o papa Francisco lançou uma barbearia para os pobres, um serviço gerido por voluntários, para ajudar a fornecer serviços essenciais de higiene aos indigentes e aos desabrigados de Roma.

Este esforço foi seguido pela primeira “lavanderia do papa”, inaugurada em Roma em 2017 e uma segunda na cidade portuária de Gênova, na Ligúria, em 2019.

Esta iniciativa nasceu da carta apostólica Misericordia et Misera do papa Francisco, publicada na conclusão do jubileu extraordinário da misericórdia em 20 de novembro de 2016.

“A Igreja deve permanecer vigilante e pronta para individuar novas obras de misericórdia e implementá-las com generosidade e entusiasmo”, diz a carta.

“Assim, ponhamos todo o esforço em dar formas concretas à caridade e, ao mesmo tempo, entender melhor as obras de misericórdia. Com efeito, esta possui um efeito inclusivo pelo que tende a difundir-se como uma nódoa de azeite e não conhece limites. E, neste sentido, somos chamados a dar um novo rosto às obras de misericórdia que conhecemos desde sempre”, continua a carta.

“[Esta iniciativa] é um sinal concreto e tangível apoiado pelo Dicastério para o Serviço da Caridade: um lugar e um serviço para dar forma concreta à caridade e ao mesmo tempo inteligência às obras de misericórdia para devolver a dignidade a muitas pessoas”, diz um comunicado.

O cardeal polonês Konrad Krajewski tem estado à frente das iniciativas de caridade do papa desde que se tornou esmoleiro apostólico em 2013.

“Quando ajudamos os mais pobres e vulneráveis, somos verdadeiramente cristãos, porque somos os meios do Evangelho”, disse Krajewski.

“Esta iniciativa, que se repete ao longo do tempo, é para mim uma fonte de alegria porque é mais uma possibilidade de estar perto da humanidade ferida, uma forma de demonstrar a presença e a proximidade de Deus até ao fim”, disse.

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