6 de dezembro de 2024 Doar
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Freiras argentinas vão morar na última residência de Bento XVI a pedido do papa Francisco

Mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano | Krzysztof Golik, CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons

O mosteiro Mater Ecclesiae localizado no Vaticano, última residência de Bento XVI, será habitado a partir de janeiro por meia dúzia de freiras beneditinas da Argentina, convocadas pelo papa Francisco.

São seis freiras da Ordem Beneditina que até hoje seguem sua vida religiosa na abadia de Santa Escolástica em Victoria, na província de Buenos Aires, dentro da diocese de San Isidro, Argentina.

A Sala de Imprensa da Santa Sé lembrou que foi são João Paulo II quem, em 1994, erigiu na Cidade do Vaticano um mosteiro feminino de vida contemplativa, com o título Mater Ecclesiae.

Entre 1994 e 2012, quatro comunidades da ordem de santa Clara, das carmelitas descalças, de são Bento e da visitação de Santa Maria se sucederam no local.

Em 2013, após a renúncia de Bento XVI ao papado, o mosteiro passou a ser sua residência, onde permaneceu até sua morte, em 31 de dezembro de 2022, na companhia do arcebispo Georg Gänswein e de quatro consagradas.

Segundo a Santa Sé, o papa Francisco ordenou, através de uma carta manuscrita datada de 1º de outubro, que o local “retome a sua finalidade original” de tal forma que “as ordens contemplativas apoiem o Santo Padre na sua solicitude cotidiana por toda a Igreja, através do ministério da oração, da adoração, do louvor e da reparação, sendo assim uma presença orante no silêncio e solidão”.

O papa Francisco também “ordenou que o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano seja responsável por todos os assuntos relativos ao mosteiro Mater Ecclesiae”, concluiu o comunicado.

A abadia de Santa Escolástica de la Victoria foi fundada em 1941. Quase três anos antes, a construção do templo havia começado na solenidade da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro de 1938, a pedido do prior da abadia de San Benito em Buenos Aires, padre Andrés Azcárate.

As futuras freiras argentinas se formaram na abadia de Santa Maria, em São Paulo (SP), Brasil. Em setembro de 1941, “quatro brasileiras com votos solenes, seis argentinas com votos temporários e uma irmã convertida” partiram para a Argentina, formando a comunidade fundadora, como conta em seu site.

Em 1946, o mosteiro adquiriu o estatuto de abadia, sendo madre Plácida de Oliveira nomeada a primeira abadessa. Ela morreu em 1948 e foi sucedida por madre Mectildis Cecília Santangelo. Em 1977, madre María Leticia Riquelme foi nomeada abadessa, com permissão especial porque ainda não tinha 35 anos, e fez outras três fundações na Argentina.

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