16 de setembro de 2024 Doar
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Exército israelense nega responsabilidade pela morte de cristãos em igreja de Gaza

Paróquia da Sagrada Família em Gaza durante o Natal de 2021. | Anas-Mohammed/Shutterstock.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram a responsabilidade pelas mortes de duas mulheres cristãs palestinas no complexo paroquial da Sagrada Família, em Gaza, na manhã de sábado (16).

O Patriarcado Latino de Jerusalém (PLJ) ​​disse que “por volta do meio-dia” do sábado (16), um atirador das FDI “matou duas mulheres cristãs dentro da paróquia da Sagrada Família em Gaza, onde a maioria das famílias cristãs da região se refugiou desde o início da guerra.” Várias outras pessoas também teriam sido baleadas, segundo o comunicado.

“Nenhum aviso foi dado, nenhuma notificação foi fornecida”, disse o PLJ. “Foram baleados a sangue frio dentro do complexo da paróquia, onde não há combatentes", acrescentou.

Num comunicado enviado por e-mail à CNA, agência em inglês da EWTN News, as FDI disseram ter recebido a carta “que descreve um trágico incidente que ocorreu na paróquia da Sagrada Família”.

No sábado, “representantes da igreja contataram as FDI sobre as explosões que foram ouvidas perto da igreja”, disseram as FDI.

“Durante o diálogo entre as FDI e os representantes da comunidade, não surgiram relatos de um ataque à igreja, nem de civis feridos ou mortos”, disseram.

“Uma análise das conclusões operacionais das FDI respalda isto”, diz o comunicado.

As FDI não responderam a uma consulta complementar que perguntava explicitamente se o exército israelense estava refutando ou questionando relatos de que um de seus atiradores matou duas mulheres na paróquia.

Ontem (18), numa entrevista ao canal britânico Sky News, o arcebispo de Westminster e presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e País de Gales, cardeal Vincent Nichols, disse que é “difícil de acreditar” nas negações das FDI.

Embora ele não tenha se unido à caracterização do ataque como “terrorismo” feita pelo papa Francisco, o cardeal disse: "É certamente um assassinato a sangue frio, essa é a descrição que se dá".

Mark Regev, alto conselheiro do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, respondeu aos comentários do cardeal durante uma entrevista também na Sky News naquela mesma segunda-feira, dizendo: “Eu rejeitaria a categorização das palavras que ele usou: ‘assassinato a sangue frio’. Isso indicaria ataques deliberados contra civis, isso é algo que não fazemos.

“Não atiramos em pessoas que vão à igreja, isso simplesmente não acontece. Não é assim que as FDI operam”, acrescentou.

“Dizer que Israel ataca deliberadamente os fiéis cristãos é uma acusação terrível e infundada”, concluiu.

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