6 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos do Malawi proíbem bênçãos a uniões homossexuais

Membros da Conferência Episcopal do Malawi. | Conferência Episcopal do Malawi

Os bispos do Malawi proibiram a implementação da declaração Fiducia Supplicans que autoriza bênçãos de “uniões homossexuais” e casais em outras “situações irregulares”, que o Dicastério para a Doutrina da Fé (DDF) publicou na segunda-feira (18).

Numa declaração de duas páginas publicada ontem (19), membros da Conferência Episcopal do Malawi (ECM, na sigla em inglês) dão “esclarecimentos sobre a declaração sobre o significado pastoral das bênçãos segundo Fiducia Supplicans” e proíbem a prática de tais bênçãos no país.

“Declaramos que, por razões pastorais, bênçãos de qualquer tipo e para uniões do mesmo sexo de qualquer tipo, não são permitidas no Malawi”, afirmaram os membros da ECM na sua declaração coletiva.

A diretriz dos líderes da Igreja que proíbe as bênçãos “para uniões homossexuais de qualquer tipo” no país segue-se a um esclarecimento de quatro pontos da última declaração da Santa Sé.

Os bispos católicos dizem que oferecem os esclarecimentos “tendo notado certas interpretações errôneas desta declaração que geraram interesse, medos e preocupações entre os católicos e as pessoas que recorrem à Igreja Católica em busca de orientação moral, espiritual e doutrinária”.

“A Declaração NÃO trata da bênção das uniões do mesmo sexo e do endosso sacramental das mesmas como casais casados. Não, este é um documento motivado por perguntas feitas à Congregação para a Doutrina da Fé sobre se as bênçãos de Deus através dos seus Ministros podem ou não ser estendidas a todos, independentemente do seu estado, portanto o título do documento é 'Sobre o Significado Pastoral das Bênçãos’ e NÃO sobre a bênção das uniões do mesmo sexo”, explicam.

A declaração da Santa Sé, continuam os membros da ECM, “ao mesmo tempo que diferencia o significado e os níveis de várias bênçãos, reitera que o ensinamento da Igreja sobre o casamento definido como uma união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos continua firme.”

Eles reiteram ainda que a declaração da Santa Sé de segunda-feira (18) “diz que ritos e orações, que poderiam criar uma confusão entre o que constitui o casamento e o que o contradiz, não são permitidos (ver parágrafo “As Bênçãos no Sacramento do Casamento” da Fiducia Supplicans.

“O mesmo documento sublinha que a Igreja sempre considerou moralmente lícitas apenas as relações sexuais vividas dentro do casamento”, afirma a Conferência Episcopal do Malawi.

Em relação às bênçãos comuns cujos destinatários podem ser pessoas, objetos de culto e devoção, imagens sagradas, locais de trabalho, frutos da terra etc., os membros da MCE dizem que “tais bênçãos devem ser dadas a qualquer pessoa e a qualquer coisa, tendo em mente que a grande bênção de Deus é Jesus Cristo, o Verbo Eterno com quem o Pai nos abençoou quando ainda éramos pecadores”.

“É neste contexto que as uniões homossexuais ou os que vivem em uniões irregulares podem pedir e ter acesso às bênçãos ordinárias não litúrgicas que a Igreja sempre concedeu a quem as pede”, afirmam.

Ao permitir tais bênçãos, os membros da MCE alertam, referindo-se à declaração da Santa Sé: “Devemos ter cuidado para que tais bênçãos não sejam interpretadas como um ato litúrgico ou semi-litúrgico, semelhante a um sacramento e que tais decisões que possam fazer parte da prudência pastoral em certas circunstâncias, não deve necessariamente tornar-se uma norma, pois a Igreja não tem o poder de conferir a sua bênção litúrgica quando isso de alguma forma ofereceria uma forma de união moral legítima que presume ser um casamento ou uma prática sexual extraconjugal”.

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“Embora compreendamos o interesse legítimo e os receios que esta Declaração gerou, queremos assegurar a todos os católicos e a todos os interessados ​​no ensino católico que o ensinamento da Única Santa Igreja Católica e Apostólica sobre o casamento permanece”, afirmam ao citar o quarto parágrafo da Fiducia Supplicans, enfatizando que o casamento é “uma união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos”.

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