24 de novembro de 2024 Doar
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Deus faz maravilhas com o testemunho deles, diz o papa Francisco sobre os mártires atuais

Papa Francisco no Ângelus de 26 de dezembro. | Vatican Media.

No dia de santo Estêvão, primeiro mártir, o papa Francisco disse que hoje também são muitos os que morrem para dar testemunho de Jesus e que, com o exemplo deles, Deus continua fazendo maravilhas para mudar os corações.

Hoje (26), o papa Francisco conduziu o Ângelus da janela do Palácio Apostólico do Vaticano.

Antes da oração mariana, o papa recordou que hoje a Igreja celebra a festa de santo Estêvão, o “primeiro mártir” que foi apedrejado pelos seus adversários por causa da sua fé em Jesus e do seu testemunho.

O papa Francisco falou da conversão de Saulo, que atuou como “garante” da execução do mártir. “Por meio do testemunho de Estêvão”, disse o papa, “o Senhor já está preparando no coração de Saulo, sem que ele saiba, a conversão que o levará a ser o grande apóstolo Paulo”.

Francisco elogiou o exemplo de santo Estêvão e disse que “a sua coragem e o seu perdão na hora da morte, não são em vão”, pois o seu sacrifício “lança uma semente que, correndo em direção oposta das pedras, planta-se, de maneira oculta, no peito de seu pior rival”.

Tomando esta história como exemplo, o papa lamentou que hoje, dois mil anos depois, “vemos com tristeza que a perseguição continua”.

Francisco lamentou que “ainda existem - e são muitos - aqueles que sofrem e morrem por dar testemunho de Jesus, assim como existem aqueles que são penalizados, em vários níveis, por se comportarem de maneira coerente com o Evangelho, e aqueles que fadigam todos os dias para permanecerem fiéis, sem clamor, aos seus bons deveres, enquanto o mundo ri deles e prega outra coisa”.

Ele disse que essas pessoas, como santo Estêvão, “podem parecer fracassados, mas hoje vemos que não é assim. De fato, hoje como ontem, a semente de seus sacrifícios, que parece morrer, brota e dá frutos, porque Deus, por meio deles, continua fazendo maravilhas, a mudar os corações e a salvar os homens”.

Francisco convidou os fiéis a fazer perguntas: “eu me interesso e rezo por aqueles que, em várias partes do mundo, ainda hoje sofrem e morrem pela fé? Tantos que são assassinados pela fé. E, por sua vez, procuro testemunhar o Evangelho com coerência, com mansidão e confiança? Creio que a semente do bem dará frutos, mesmo que eu não veja resultados imediatos?”. 

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