20 de dezembro de 2024 Doar
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"A guerra em si é um crime contra a humanidade", diz papa Francisco

Papa Francisco na janela do Palácio Apostólico, no Vaticano, durante a oração do Ângelus de hoje (14). | Vatican Media

O papa Francisco fez hoje (14) um forte apelo à paz, chamando a guerra moderna de “um crime contra a humanidade” que semeia a morte entre civis e destrói cidades.

Ao falar no final do seu discurso na oração do Ângelus de hoje (14), o papa exortou as pessoas a rezarem por todos os que sofrem devido à “crueldade da guerra”, especialmente na Ucrânia, na Palestina e em Israel.

“Rezamos para que aqueles que têm poder sobre estes conflitos reflitam que a guerra não é a forma de os resolver porque semeia a morte entre os civis e destrói cidades e infraestruturas. Em outras palavras, a guerra hoje é em si um crime contra a humanidade”, disse o papa Francisco.

“Não esqueçamos isto: a guerra em si é um crime contra a humanidade. As pessoas precisam de paz. O mundo precisa de paz.”

O papa disse como ficou comovido com o testemunho de um padre franciscano na Terra Santa em um programa de televisão na manhã de hoje (14).

Ele disse ter visto o padre egípcio Ibrahim Faltas, vigário da Custódia da Terra Santa, falando no programa de televisão italiano “A Sua Immagine” (“À Sua Imagem”) sobre a importância da “educação para paz."

O papa Francisco acrescentou que toda a humanidade necessita de “uma educação para parar todas as guerras”.

“Rezemos sempre por esta graça: educar para a paz”, disse ele.

Durante o seu discurso no Ângelus, o papa de 87 anos pareceu enérgico e leu todo o seu discurso sem ajuda – dois dias depois de dizer em uma das suas audiências que tinha “um pouco de bronquite”.

Em sua reflexão sobre o Evangelho de hoje, o papa falou sobre o primeiro encontro de Jesus com os seus discípulos e encorajou todos a tentarem pensar em quando tiveram o seu primeiro encontro pessoal com o Senhor.

“Cada um de nós teve um primeiro encontro com Jesus – quando criança, como adolescente, como jovem, como adulto”, disse o papa. “Quando encontrei Jesus pela primeira vez? Tente se lembrar disso”.

“E depois deste pensamento, desta memória, renovamos a alegria de segui-lo e de nos perguntarmos… O que significa ser discípulo de Jesus?”

O papa Francisco sublinhou que ser discípulo de Jesus exige três coisas: “buscar Jesus, permanecer com Jesus e anunciar Jesus”.

“Em suma, a fé não é uma teoria; é um encontro”, disse o papa.

“E perguntemo-nos: ainda somos discípulos apaixonados pelo Senhor? Buscamos o Senhor ou nos estabelecemos numa fé feita de hábitos? Permanecemos com ele em oração? Sabemos ficar em silêncio com ele? … E então, sentimos o desejo de anunciar, de proclamar esta beleza do encontro com o Senhor?”

“Que Maria Santíssima, primeira discípula de Jesus, nos dê o desejo de buscá-lo, o desejo de ficar com ele e o desejo de anunciá-lo”, disse o papa Francisco.

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