19 de dezembro de 2024 Doar
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Milhares participam da Marcha pela Vida 2024 nos EUA

Os participantes da marcha carregaram cartazes e gritaram frases pró-vida | Cristina Herrera / EWTN

Milhares de pessoas marcharam na sexta-feira (19) em Washington D.C., EUA, na tradicional Marcha pela Vida, para celebrar a beleza e a dignidade de toda vida humana e exigir o fim do aborto em todo o país.

Os participantes se reuniram no National Mall, onde ouviram discursos de personalidades pró-vida, líderes religiosos e políticos.

Em meio a uma forte nevasca, depois do meio-dia, as primeiras palavras do comício foram proferidas pelo bispo John Abdalah, da Assembleia dos Bispos Ortodoxos Canônicos dos EUA, como um símbolo de unidade entre os cristãos.

Durante seu discurso, o bispo ortodoxo lembrou o valor da vida humana e aproveitou a oportunidade para rezar, junto com os presentes, pelas crianças não nascidas e suas famílias. Ele também pediu ao Senhor que ilumine as autoridades civis e os legisladores, para que possam proteger todos os bebês, nascidos ou não.

O tema do evento deste ano foi "Com cada mulher, por cada criança", disse a presidente da Marcha pela Vida nos EUA, Jeanne Mancini. Ela destacou que, "segundo estudos, 60% das mulheres que optaram pelo aborto teriam escolhido a vida se tivessem tido mais apoio".

"Do que uma mulher mais precisa quando se depara com uma gravidez não planejada? Ela não precisa de alarmismo, não precisa ser envergonhada. Ela precisa ouvir: 'Você pode fazer isso e eu vou ajudá-la'", disse Mancini à plateia.

Mancini também enfatizou que uma mãe precisa saber que alguém estará ao seu lado para ajudá-la durante o "ato corajoso" da gravidez e a subsequente criação de um filho. "Ela precisa saber que não estará sozinha”.

Por fim, falou sobre a importância da derrubada do caso Roe x Wade em junho de 2022, uma decisão da Suprema Corte que até então permitia o aborto legal nos EUA. No entanto, ressaltou que a luta pela vida ainda não acabou. "Continuaremos a marchar todo mês de janeiro... até que as leis de nossa nação reflitam a verdade básica de que toda vida humana é criada com igual dignidade e merece ser protegida", disse.

A presidente da organização disse que a Marcha pela Vida continuará crescendo nos próximos anos e que esperam, em curto prazo, chegar a todos os estados do país. "Continuaremos marchando até que o aborto seja impensável", concluiu.

Representando o âmbito político, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, foi convidado a subir ao palco. O político do Partido Republicano disse que este "é um momento crucial" para ajudar as mães e seus filhos.

Johnson também disse que os EUA foram fundados em um credo, que é a essência de todos os seus cidadãos e é o princípio fundamental do sucesso do país. Ele disse que os direitos dos americanos "não vêm do governo, vêm de Deus".

"Eu mesmo fui o resultado de uma gravidez não planejada. Em janeiro de 1972, apenas um ano antes de Roe x Wade, meus pais adolescentes escolheram a vida, e sou profundamente grato por isso", disse.

Entre os palestrantes também estavam o ex-jogador do New England Patriots, Ben Watson, o deputado estadual republicano de Nova Jersey, Chris Smith, e o fundador da comunidade católica brasileira Jesus Menino, Antônio Carlos Tavares de Mello. A comunidade tem como carisma o cuidado e a adoção de pessoas com deficiência, algumas delas vítimas de tentativas de aborto.

“Com muita alegria, eu venho do Brasil para defender a vida em todo o mundo. Eu sou pai de 46 filhos adotados. Todas as crianças que foram adotadas receberem o colo de um pai e hoje vivem em uma grande família. Estamos em vários locais do mundo, para fazer com que a vida seja defendida. Eu preciso de cada um de vocês, preciso dos jovens, dos adultos, para defender a vida. Venham nos ajudar”, disse Tonio.

A oração de encerramento foi conduzida pelo pastor Greg Laurie, que, acompanhado de sua esposa, despediu-se dos peregrinos que iniciaram sua jornada carregando cartazes e gritando frases pró-vida.

Este ano, a marcha terminou entre o Capitólio e a Suprema Corte. A intenção era não só comemorar a vitória do movimento pró-vida com a derrubada do caso Roe x Wade, mas também testemunhar aos legisladores que a luta pelos nascituros não terminará até que a vida seja protegida em todas as circunstâncias.

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