22 de dezembro de 2024 Doar
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Bispo espanhol denuncia repetidos atos de violência anticristã em sua diocese

Dom Fernando Prado Ayuso, bispo de San Sebastián, na Espanha | Vatican Media

O bispo de San Sebastián, na Espanha, dom Fernando Prado Ayuso, denunciou uma invasão de 70 pessoas à catedral do Bom Pastor, gritando e espalhando folhetos no altar, como fizeram há alguns dias na igreja de Cestona (Zestoa, em basco), em um conflito com grupos radicais de jovens.

O ataque a catedral aconteceu no dia 19 de janeiro, quando "um grande grupo de cerca de 100 pessoas, formado em sua maioria por jovens, respondendo a uma reunião anunciada e autorizada, apareceu em frente a catedral do Bom Pastor em San Sebastián", diz nota publicada pela diocese.

Desses, "mais de 60 pessoas entraram na igreja, invadiram com gritos e até jogaram panos no altar, ferindo a sensibilidade dos fiéis e tirando fotos que depois foram postadas em diferentes contas das redes sociais", continua o relato dos eventos que foram denunciados pela autoridade episcopal.

Fatos semelhantes acontecem no dia 21 de janeiro, quando, no meio da celebração da missa, "várias pessoas mascaradas carregando uma faixa interromperam o ato religioso com gritos e subiram no altar" na paróquia de Cestona.

A nota destaca que "os idosos e, portanto, as pessoas mais vulneráveis sofreram muito com esse abuso" e denuncia "uma clara violação dos direitos humanos fundamentais das pessoas, como a liberdade religiosa e o direito de reunião".

Além disso, no dia 14, várias comunidades cristãs localizadas em Cestona e em outras cidades da província acordaram "com cadeados nas portas, silicone nas fechaduras, pichações e cartazes com os quais se perseguia e assinalava a comunidade cristã", de modo que algumas missas tiveram que ser suspensas, pois não podiam ter acesso Às igrejas.

Conflito há mais de um ano

Segundo a diocese de San Sebastiásn, o Conselho Municipal de Cestona solicitou no final de 2022 e início de 2023 que a diocese cedesse algumas instalações paroquiais para realizar atividades juvenis, pois o local que ocupavam até então seria reformado.

"Antes de chegar a qualquer acordo entre o Conselho Municipal e a diocese, ocorreu a ocupação das instalações paroquiais em uso da casa Elizondo", denuncia a nota, de tal forma que, em 22 de fevereiro de 2023, vários jovens entraram a força nas instalações paroquiais "quebrando as fechaduras e trocando-as por outras, ocupando abusivamente uma propriedade privada", alegando que "a casa estava vazia e em más condições".

No entanto, argumenta que nesse local estavam sendo feitas normalmente as sessões de catequese, assim como as reuniões da vizinhança. Os banheiros estavam abertos para os vizinhos como um serviço público.

Há um ano, a paróquia não pode usar suas instalações e, segundo a denúncia, os catecúmenos têm que ir a sacristia para continuar com sua formação para a primeira comunhão.

A diocese apresentou uma ação judicial verbal contra os agressores. "É inexplicável este abuso e esta atitude violenta contra a comunidade cristã e sua propriedade por parte de um pequeno grupo de jovens", diz.

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