Bispos colombianos publicarão mensagem para as próximas eleições

BOGOTÁ, Feb 7, 2006 / 13:49 pm

O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom. Augusto Castro, anunciou à imprensa que nesta semana os bispos reunidos em Assembléia Plenária apresentarão uma mensagem dirigida a todos os colombianos em vistas às próximas eleições.

Ao referir-se às campanhas políticas prévias ao processo eleitoral, Dom Castro explicou que a população está "esperando programas, não só briga e propaganda, porque os programas dão luz aos eleitores. Se eles (os candidatos) apresentarem seus programas, os eleitores poderão acompanhá-los para saber se cumpriram, ou pelo menos fizeram o esforço de cumprir".

Ao lembrar a cooperação da Igreja na busca de um acordo com as FARC, o maior grupo guerrilheiro da Colômbia, para procurar a liberdade de dezenas de seqüestrados, Dom Castro destacou que a Igreja colabora "de diversas maneiras para que se chegue ao afastamento do fogo e hostilidades de todos os levantados em armas".

Por sua vez, o Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Fabián Marulanda, declarou à imprensa que com a próxima mensagem, os bispos da CEC "tratam de iluminar no processo eleitoral, fundamentalmente com o que deve ser o ideal pelo qual vão trabalhar os congressistas em temas como a defesa da vida, a luta contra o empobrecimento, a qualidade da educação, a luta contra o narcotráfico e a corrupção; tudo isto tem que ser um compromisso que os eleitores exijam de todos os que vão ser eleitos".

Em relação à importância e o fundamental de manter o ensino religioso na escola, Dom. Marulanda assinalou que "a religião não deve ser deixada de lado, sobretudo em um país como o nosso que vive uma crise moral".

Do mesmo modo, o Bispo de Barrancabermeja, Dom. Jaime Prieto, declarou que embora ainda subsistam problemas pela presença de grupos armados à margem da lei, não se vislumbra um panorama de violência eleitoral. "Não vejo –disse Dom Prieto– que haja eleições sangrentas, podem ser mais pacíficas que as de anos anteriores, mas tomara que estejam livres de toda pressão da ilegalidade ou da legalidade".