A história de uma santa que passou do rancor aos milagres

Jan 30, 2024 / 16:43 pm

30 de janeiro é a festa de santa Jacinta Marescotti, que sofreu uma terrível decepção amorosa. Isso a levou pelo caminho da rejeição até encontrar o amor pleno e fiel de Cristo, convertendo-se em uma santa com o dom da profecia e de ressuscitar os mortos.

Segundo o Dicastério para as Causas dos Santos, santa Jacinta (1585-1640) tinha beleza física, dinheiro e era da realeza. Ela se apaixonou por um jovem marquês, mas seus pais queriam que ele se casasse com a irmã mais nova da futura santa. Então, por despeito, procurou tornar a vida da família impossível.

Seu pai, cansado de sua vida devassa, mandou-a para um mosteiro. Assim, para não ficar completamente enclausurada, Jacinta tornou-se uma terciária franciscana, mas manteve suas roupas finas, hospedou-se em um quarto mobiliado e recebia visitas de amigos, enquanto duas noviças a atendiam. Ela continuou assim por 15 anos.

Certo dia, adoeceu gravemente com um sofrimento terrível. Então, ela invocou a ajuda do Senhor, dizendo: "Ó Deus, eu lhe peço, dê sentido a minha vida, dá-me esperança, dá-me salvação". Ela foi curado e iniciou um processo de conversão radical.

No livro Ano Cristão (Volume I), diz-se que santa Jacinta pediu perdão a suas irmãs da comunidade, derramando lágrimas, e se submeteu a uma vida de penitência.

O demônio, vendo que ela estava escapando de suas mãos, procurou tentá-la de muitas formas, mas ela seguiu firme em seu propósito, tornando-se um exemplo de virtude para as outras.

"Deus quis recompensar sua serva já neste mundo, concedendo-lhe o dom da profecia, de milagres, de penetrar os corações, de abundantes êxtases e arrebatamentos espirituais e de outros favores que seria muito longo enumerar aqui", descreve Año Cristiano.

A obra também indica que por sua intercessão foram realizados milagres, como "os mortos que ela ressuscitou, os doentes que ela curou" e muitas outras maravilhas depois de sua morte.

O Dicastério para as Causas dos Santos indica que, em seu velório, tiveram que mudar seu hábito três vezes porque as pessoas queriam levar algo de santa Jacinta como relíquia.