15 de novembro de 2024 Doar
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O segredo da educação católica, segundo o papa Francisco

Papa Francisco com um grupo de crianças depois da Audiência Geral de 31 de janeiro de 2024. | Vatican Media

O segredo da educação católica é que a pessoa “pense no que sente e no que faz, que sinta o que pensa e o que faz, e que faça o que sente e o que pensa”, disse o papa Francisco na manhã de hoje (1º) ao receber em audiência no Vaticano uma delegação da Universidade de Notre Dame de Paris.

No discurso, o papa falou sobre três linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos.

 Sobre a primeira, o papa disse que “por sua própria natureza, as universidades católicas buscam o conhecimento por meio do estudo e da pesquisa acadêmica”.

“No mundo globalizado”, disse, “isto implica a necessidade de uma abordagem colaborativa e interdisciplinar, que reúna vários campos de estudo e pesquisa”.

O papa falou da convicção das instituições católicas sobre a existência de uma harmonia entre fé e razão, da qual deriva “a relevância da mensagem cristã para todas as esferas da vida, pessoal e social”.

“Há uma tradição intelectual que devemos sempre preservar e sempre cultivar”, continuou.

Segundo Francisco, a tarefa de uma universidade católica não é apenas desenvolver a mente, mas “expandir o coração”. Por isso, disse que “se pensamos e não sentimos, não somos humanos”.

“Toda a comunidade universitária é chamada a acompanhar as pessoas, especialmente os jovens, com sabedoria e respeito, pelos caminhos da vida e a ajudá-los a cultivar a abertura a tudo o que é verdadeiro, bom e belo”, observou.

O papa Francisco perguntou-lhes também se “ajudam os jovens a sonhar” e disse que isso significa “promover o diálogo e a cultura do encontro, para que todos possam aprender a reconhecer, apreciar e amar a todos como irmãos e irmãs e, acima de tudo, como filhos amados de Deus”.

Francisco exortou a não esquecer “o papel essencial da religião na educação do coração das pessoas”. “A educação católica compromete-nos, entre outras coisas, a construir um mundo melhor, ensinando a coexistência mútua”, continuou.

Por fim, disse que “não podemos permanecer fechados dentro dos muros ou limites de nossas instituições, mas devemos nos esforçar para ir às periferias, para encontrar e servir a Cristo em nosso próximo”.

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