22 de dezembro de 2024 Doar
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Conferência Episcopal Espanhola expressa adesão ao papa Francisco e ao seu magistério

O papa Francisco. | Daniel Ibáñez/ACI Prensa

A Comissão Permanente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) aprovou uma declaração na qual expressa “a sua profunda comunhão eclesial e adesão ao Santo Padre Francisco, sucessor do Apóstolo Pedro, bem como ao seu magistério como pastor da Igreja Universal”.

A CEE diz no texto que “como assinala o Concílio Vaticano II, o sucessor de Pedro é o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão eclesial”.

Na nota, a CEE também agradece ao papa “pelos seus ensinamentos, ao povo de Deus, que em continuidade com a tradição da Igreja, fazem com que o Evangelho continue sendo uma boa notícia para todos os homens e mulheres de hoje”.

A nota conclui com uma oração dirigida “a Cristo Bom Pastor pela saúde, intenções e ministério de Sua santidade”.

Não há Igreja “contra Pedro”

O secretário-geral e porta-voz da CEE, dom César García Magán, disse que o organismo de coordenação episcopal “está sempre e permanentemente em comunhão com o Santo Padre, o papa Francisco”.

Ele citou “o princípio da eclesiologia Ubi petrus, ibi est ecclesia. Ou seja, onde está Pedro, o sucessor de Pedro, aí está a Igreja”.

Para dom García Magán, “não há Igreja de Jesus Cristo separada de Pedro e, muito menos, contra Pedro”.

Motivada por Fiducia supplicans?

Em resposta às perguntas dos jornalistas sobre se a nota está relacionada com os comentários à declaração Fiducia supplicans sobre o sentido pastoral das bênçãos, o porta-voz disse que "tanto o explícito como o implícito são expressos", como acontece no Direito Canônico.

No entanto, não há referência explícita, acrescentou, porque a CEE perante os documentos da Santa Sé “não comenta, mas acolhe-os naquele espírito de comunhão com o Santo Padre”.

A nota foi aprovada por unanimidade pela Comissão Permanente da CEE, sem ausências. Entre os seus membros está o arcebispo de Oviedo, dom Jesús Sanz Montes, que já manifestou sua rejeição ao decreto do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Dom Jesús Sanz Montes definiu a Fiducia supplicans como “demagogia que distorce a tradição cristã e o Magistério da Igreja” e “uma tentativa tendenciosa de abençoar o que Deus não abençoa, quando nós sempre abençoamos e continuaremos a abençoar as pessoas e não as suas relações”.

A declaração de Fiducia suplicans foi publicada em 18 de dezembro de 2023 e suscitou inúmeras reações, algumas abertamente contrárias, outras de acolhida cautelosa, o que obrigou a DDF a publicar uma nota complementar em 4 de janeiro.

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