Padre colombiano dá cinco recomendações para a Quarta-feira de Cinzas

Feb 1, 2024 / 10:30 am

A Quaresma 2024 começa em 14 de fevereiro com a Quarta-feira de Cinzas. Frei Nelson Medina, padre dominicano conhecido pelo apostolado que faz nas redes sociais, dá cinco recomendações para esse dia.

Falando à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, frei Nelson, que é doutor em Teologia Fundamental, lembra primeiramente que “as cinzas que são colocadas na nossa cabeça ou testa no início da Quaresma têm um significado belo e múltiplo: convida-nos ao arrependimento e à conversão, lembrando-nos da gravidade do pecado, para que, ao longo desses 40 dias, possamos morrer para aquilo que nos separa de Deus e abrir-nos à sua graça pascal”.

Para ele, “é importante valorizar este simples sinal, compreendendo também que ele nos fala da transitoriedade da vida. Portanto, podemos nos perguntar o que fazer ou não depois de receber as cinzas”.

Sobre o que não fazer, frei Nelson disse o seguinte:

1. Nunca tratemos as cinzas com superstição; algo como “se eu não pude receber as cinzas, terei azar”.

2. Não faz sentido repetir este gesto em igrejas diferentes, muito menos se tal repetição for feita de forma superficial ou por diversão.

3. Não é uma boa ideia concentrar-nos no aspecto puramente externo das cinzas que nos foram impostas, por exemplo, concentrando-nos em saber se a forma da Cruz foi bem feita ou quase irreconhecível.

4. Se a cinza for “apagada” por acidente ou por causa da umidade ou transpiração, não é necessário recebê-la novamente: a sua razão de ser está muito mais na conversão interior.

5. É claro que não pretendemos saber sobre a vida espiritual de uma pessoa apenas por fatos externos, como, por exemplo, se ela recebeu ou não as cinzas. Deve bastar-nos dar um bom testemunho de vida cristã e saber dar razão da nossa esperança a quem a pede, como ensina o apóstolo são Pedro.

“Que este elemento visível, enquanto perdura ao longo do dia, nos lembre a nós e aos que nos rodeiam que somos católicos, reconhecemos a nossa condição de pecadores e não temos vergonha da nossa fé”, concluiu.