21 de dezembro de 2024 Doar
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Mulheres católicas contam o que é ser mulher hoje

Imagem ilustrativa | Pexels

Hoje (8), Dia Internacional da Mulher, cinco líderes católicas compartilharam seus pontos de vista sobre uma questão simples, mas importante: o que significa ser uma mulher católica neste momento da história?

Segundo a cofundadora da associação mexicana Juventud y Vida (JUVI), Frida Espinosa, ser uma mulher católica neste momento "é um desafio bastante complexo".

"Hoje existem várias ideologias que querem nos dizer como ser mulheres sem poder responder à pergunta fundamental de 'quem é a mulher'", disse.

"Diante desses constantes bombardeios da pós-verdade, a Igreja e sua doutrina se tornaram uma luz muito importante que, além dos testemunhos das santas mulheres que tivemos, me ajuda a aprofundar minha feminilidade e meu papel fundamental na sociedade", ressaltou.

Aprender com a ternura e a fidelidade de Maria

Espinosa disse que "ser uma mulher católica hoje significa que, às vezes, temos que aprender com a ternura e a fidelidade de Maria, às vezes com a coragem de santa Joana d'Arc, outras vezes devemos ter a força da decisão como Isabel, a Católica, e também que temos a capacidade de abraçar o estudo e a espiritualidade como santa Brígida".

No atual contexto, Espinosa conclamou as mulheres a "abraçar e se deixar guiar ainda mais pela Igreja, porque as respostas para quem somos, de onde viemos e por que somos como somos já foram respondidas e, do lado de fora, há apenas meias verdades”.

A líder pró-vida Mayra Rodriguez, ex-diretora e denunciante da Planned Parenthood, disse que "ser uma mulher católica hoje é como jogar um jogo perigoso". 

"Deus nos fez perfeitas: femininas, mães, filhas, esposas, destinadas a servir, nutrir e proteger. É difícil viver em uma cultura que não valoriza a dedicação das mulheres à família, onde somos pressionadas a ser como os homens. Deus nos fez iguais, mas únicos em nossas fortalezas, segundo nosso sexo”, disse.

"Coloquem a família em primeiro lugar"

Quem também se referiu aos desafios para as mulheres católicas foi diretora de 40 Dias pela Vida na Ibero-América, María Lourdes Varela.

A líder pró-vida enfatizou que "o que a sociedade espera de você é bastante, porque uma mulher não pode mais se dedicar à família ou aos filhos, por exemplo, porque isso é mal visto, ou querer se casar e ter uma família, mas espera-se sucesso profissional".

Referindo-se à mulher de hoje, disse que ela tem que "se dividir entre o trabalho e a família", com foco especial na educação dos filhos.

"Gostaria de convidar todas as mulheres de família a sempre priorizar e colocar a família em primeiro lugar, e depois todo o resto, mas nunca tirar o valor da família e dos filhos, porque as novas gerações dependem deles", disse.

Finalmente, para as mulheres que têm outro chamado, ela as convidou a "descobrir qual é o seu chamado, tanto para a sociedade quanto para a vida espiritual".

"Nem tudo é sucesso profissional. Dentro de seu trabalho ou de sua vida profissional também se pode evangelizar, nosso olhar deve estar sempre voltado para a vida eterna. Portanto, busquem a salvação de vidas e almas, em sua profissão, em sua família e, finalmente, em seu chamado particular, aquele chamado que só Deus está lhes fazendo como peças únicas e irrepetíveis neste mundo", concluiu.

Discípulas missionárias, como Maria Madalena

A religiosa argentina Silvia Somaré se inspirou em Maria Madalena, "uma mulher que caminha na escuridão, uma mulher que quebra o paradigma", quando vai em busca de Jesus "movida por seu discipulado, movida por sua paixão... movida pelo amor".

"Ela é uma mulher intuitiva", destacou, "é uma mulher que busca, e isso é discipulado... É uma mulher discípula".

"Por outro lado, é uma mulher missionária, porque quando encontra Jesus, ela tem aquela sintonia de escutar seu nome, de compreender seu nome e depois sair rapidamente, também contra os paradigmas e sem ter medo, porque ela tinha que comunicar essa notícia, nada mais e nada menos do que aos apóstolos", disse.

"Ela sai carregada pela boa nova, carregada pela mensagem de Jesus, então ela é uma mulher totalmente missionária que sai para proclamar essa boa nova sem medida".

"Parece-me que hoje uma grande inspiração para as mulheres católicas é Maria Madalena, discípula e missionária, e hoje, concretamente no que estamos vivendo, parece-me que somos chamadas a ser pontes entres as diferentes realidades”, considerou.

A irmã Somaré incentivou a "sermos pontes e também mulheres em saída, indo além dos paradigmas, indo além de nossas forças, indo além de nossas possibilidades, seguindo o mandato de Jesus, seguindo o amor de Jesus, seguindo uma humanidade mais humana".

"Ser discípulas missionárias, ser pontes, ser mulheres em movimento e ser humanizadoras em busca da fraternidade, em busca da comunhão, entre nós e com Deus", resumiu a religiosa.

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Ser uma mulher católica é viver plenamente sua identidade feminina

A fundadora da Fundação VIDA SV em El Salvador e consultora em educação afetivo-sexual, Sara Larín, considerou que ser uma mulher católica hoje "significa viver em plenitude a identidade feminina segundo o plano de Deus e desmistificar a ideia de que existe um bom feminismo ao qual as mulheres católicas podem aderir".

Do seu ponto de vista, "a dignidade das mulheres deve ser defendida por si só, a partir da promoção dos valores católicos, sem a ajuda de qualquer feminismo".

"As mulheres católicas devem então, como disse são João Paulo II, recordar que, embora a mulher seja igual ao homem em dignidade e valor, a mulher não pode ser uma cópia do homem, porque está dotada de qualidades próprias que lhe dão uma peculiaridade autônoma", destacou.

Entre essas qualidades, Larín destacou "a maternidade e o papel de cuidadores, um papel que só saberemos desenvolver em profundidade tendo a Santíssima Virgem Maria como modelo do papel da mulher na sociedade, meditando na resposta que ela deu ao Senhor quando, a partir de uma atitude de serviço e disponibilidade, deu seu consentimento para colaborar com Ele em Seu plano divino".

"O exemplo de Maria certamente não se encaixa nas reivindicações de orgulho, ambição, vitimização e rancor nas quais o feminismo se baseia", advertiu.

Referindo-se à Virgem, ela destacou sua docilidade: "Ser dócil é um sinal de força, não é fácil ceder e permitir que Deus nos guie, por isso a Virgem para mim é a mais humilde e a maior de todas ao mesmo tempo", concluiu.

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