Mar 10, 2024 / 10:21 am
Da janela do Palácio Apostólico do Vaticano, o papa Francisco encorajou os fiéis católicos reunidos hoje (10) para a oração do Ângelus na Praça de São Pedro a "refletir sobre isso: Jesus não veio para condenar, mas para salvar o mundo".
Francisco disse que o Evangelho deste Quarto Domingo de Quaresma (Jo 3, 14-21) "nos apresenta a figura de Nicodemos, um fariseu, 'um dos chefes dos judeus'", que "viu os sinais que Jesus realizou, reconheceu n’Ele um mestre enviado por Deus e foi encontrá-lo à noite, para não ser visto".
"O Senhor o recebeu, dialogou com ele e lhe revelou que não tinha vindo para condenar, mas para salvar o mundo", ressaltou o papa.
Francisco disse que, "com frequência, no Evangelho, vemos Cristo revelar as intenções das pessoas que encontra, às vezes desmascarando suas atitudes falsas, como no caso dos fariseus, ou fazendo-as refletir sobre a desordem de suas vidas, como no caso da samaritana".
"Diante d’Ele não há segredos: Ele lê os corações, o coração de cada um de nós", disse.
O papa Francisco ressaltou que essa capacidade de Jesus " pode ser inquietadora porque, se mal utilizada, prejudica as pessoas, expondo-as a julgamentos impiedosos. Pois ninguém é perfeito, todos somos pecadores, todos erramos, e se o Senhor usasse o conhecimento de nossas fraquezas para nos condenar, ninguém poderia ser salvo".
No entanto, enfatizou, "não é assim", e Jesus não usa essa capacidade "para apontar o dedo para nós, mas para abraçar nossas vidas, para nos libertar do pecado e nos salvar".
"Jesus não está interessado em nos colocar em julgamento e nos submeter a sentenças; Ele não quer que nenhum de nós se perca", disse.
O papa disse que "o olhar do Senhor sobre nós não é um farol ofuscante que nos ofusca e nos coloca em dificuldade, mas o brilho suave de uma lâmpada amiga, que nos ajuda a ver o bem em nós e a perceber o mal, para que possamos nos converter e ser curados com o apoio de sua graça".
"Jesus não veio para condenar, mas para salvar o mundo", reiterou o papa. "Pensemos em nós, que tantas vezes condenamos os outros; tantas vezes gostamos de fazer fofoca, de procurar fazer fofoca contra os outros. Peçamos ao Senhor que nos dê esse olhar de misericórdia, que olhe para os outros como Ele olha para todos nós".
"Que Maria nos ajude a desejar o bem uns dos outros", concluiu.
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