19 de dezembro de 2024 Doar
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Senador defende em plenário padre pró-vida que teve bens bloqueados por impedir aborto

Senador Eduardo Girão discursando no Plenário do Senado no dia 13 de março, sobre o caso do padre Lodi | Jefferson Rudy/Agência Senado

“Está acontecendo uma injustiça muito grande com um padre” do Estado de Goiás, disse na quarta-feira (13) o senador Eduardo Girão (Novo-CE) em discurso no Plenário do Senado. “O padre Luiz Carlos Lodi da Cruz que é uma das maiores lideranças pró-vida do Brasil, com um trabalho que, há décadas, já salvou muitas vidas de mulheres e de crianças”.

“O padre Lodi acaba de ser penalizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás, que determinou busca e bloqueio de bens da Associação Pró-Vida de Anápolis, presidida pelo sacerdote”, porque “impediu uma mulher de realizar um aborto. Como ele não pagou a indenização, a Justiça determinou, em 28 de fevereiro de 2024, o bloqueio dos bens da associação. Dois dias depois, o Tribunal rejeitou o recurso, mas ainda cabe outro recurso”, declarou o senador.

Para o senador, “essa decisão judicial está prejudicando diretamente mães e bebês” e destacou que, “não tem sentido confundir o padre com a instituição, até em razão de o patrimônio da associação ser formado por doações”.

“Trata-se de um precedente muito perigoso. Ademais, no caso, segundo o noticiado, o aborto não foi impedido pelo padre, mas pela Justiça, que acatou o habeas corpus impetrado por ele”, disse Girão.

A decisão do Tribunal de Justiça de Goiás favorece Tatielle Gomes da Silva, que em outubro de 2005, buscou a autorização judicial para abortar seu bebê que foi diagnosticado com a síndrome de Body Stalk, doença caracterizada pelo cordão umbilical curto e não fechamento da parede abdominal. Na época, padre Lodi impetrou habeas corpus para impedir o aborto autorizado pela Justiça e seu pedido foi atendido.  A criança nasceu, mas morreu pouco tempo depois.

Em 2016, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o padre Lodi por impedir este aborto e determinou que ele pagasse R$ 60 mil com correções e juros aos pais do bebê com síndrome de Body Stalk. Como ele não pagou, a Justiça determinou o bloqueio das contas da associação pró-vida.

 “Expressamos aqui a nossa inteira solidariedade ao padre Lodi da Cruz, coerente com os valores do Evangelho e consciente de que todo aquele que, a exemplo do Cristo, proteger a vida dos mais pequenos, poderá ser arrastado aos tribunais e sofrer perseguições”, disse o senador. “E nós aqui continuaremos a defender, no limite de nossas forças, essa que é a causa das causas, porque a vida humana vale por inteiro, desde o momento da fecundação até a morte natural. Mesmo sabendo que razões políticas, econômicas e ideológicas têm prevalecido sobre a dignidade da pessoa humana, continuaremos também ao lado dos pequeninos, procurando seguir Jesus”.

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