18 de dezembro de 2024 Doar
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Suprema Corte dos EUA recusa ouvir pais católicos que tiveram filho tirado pelo Estado para “transição de gênero”

Suprema Corte dos EUA. | Addie Mena/CNA

A Suprema Corte dos EUA rejeitou na segunda-feira (18) uma petição de um casal católico do Estado de Indiana sobre uma disputa judicial envolvendo a custódia de seu filho adolescente que se identifica como mulher. A Suprema Corte dos EUA escolhe que casos vai ou não julgar. Não foi dada nenhuma justificativa para este caso.

Mary e Jeremy Cox recusaram-se a aceitar a identidade feminina autodeclarada do filho em 2019 e buscaram ajuda profissional para os problemas psíquicos do adolescente. O governo de Indiana tirou o menino de seu lar, pondo-o em outro, que “afirmou” suas crenças de transição de gênero.

O governo de Indiana retirou acusações de abuso que tinha feito contra o casal, mas recusou devolver o filho à custódia dos pais, argumentando que o menino desenvolveu um distúrbio alimentar devido à disputa. Várias decisões judiciais confirmaram a ordem do Estado.

O casal, representado pelo Fundo Becket para a Liberdade Religiosa, apresentou uma petição à Suprema Corte dos EUA no mês passado. A Suprema Corte recusou-se a ouvir o caso na segunda-feira (18), rejeitando a petição dos Coxes sem fazer comentários.

O filho dos Coxes completou 18 anos depois do início da disputa judicial, embora os Coxes tenham argumentado em seu recurso que a decisão do Estado ainda deveria ser contestada em parte porque eles têm outros filhos menores de idade em casa e estavam “seriamente preocupados com o fato de o Estado de Indiana fazer reivindicações e alegações semelhantes” em relação a essas crianças.

Em comunicado feito ontem (19) do Fundo Becket à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, os Coxes disseram que “nenhum outro pai amoroso deveria ter que suportar o que passamos”.

“A dor de ter nosso filho tirado de nossa casa e afastado de nossos cuidados por causa de nossas crenças ficará conosco para sempre”, disseram os pais.

“Não podemos mudar o passado, mas continuaremos a lutar por um futuro onde os pais de fé possam criar os seus filhos sem medo de que as autoridades do Estado batam à sua porta.”

A vice-presidente e conselheira sênior do Fundo Becket, Lori Windham, disse em um comunicado que a forma como o Estado de Indiana lidou com o caso “foi um ataque chocante aos direitos dos pais”.

“Pais amorosos não devem perder a custódia dos seus filhos porque discordam do Estado sobre gênero”, disse ela.

Embora os juízes tenham se recusado a ouvir o caso, Windham disse que o Fundo Becket estava “confiante de que a Suprema Corte vai acabar por proteger este direito básico e garantir que os pais possam criar os seus filhos de acordo com as suas crenças religiosas”.

Windham descreveu em fevereiro a conduta do governo de Indiana como “um ultraje à lei, aos direitos dos pais e à decência humana básica”.

“Se a Suprema Corte não aceitar este caso, quantas vezes isso vai acontecer com outras famílias?”, disse ela no mês passado.

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