Apr 2, 2024 / 14:58 pm
Três manifestantes pró-Palestina foram presos por interromper a missa da Vigília Pascal na tarde de sábado (30) na Catedral de São Patrício, Nova York, EUA.
Os manifestantes entraram na catedral cerca de 45 minutos depois das 20h (hora local), durante a missa celebrada pelo arcebispo de Nova York, cardeal Timothy Dolan, e ficaram em frente ao altar com uma grande bandeira que dizia “silêncio = morte”. A segurança rapidamente tentou tirar a bandeira deles e acabou conduzindo-os para longe do altar em direção à saída, antes que a polícia chegasse para prendê-los.
À medida que os manifestantes eram removidos à força, mais manifestantes nos bancos gritavam “Palestina livre, livre”. A segurança também removeu os manifestantes da catedral.
A polícia de Nova York prendeu três dos manifestantes sem mais incidentes: John Rozendaal, 63 anos; Gregory Schwedock, 35 anos; e Matthew Menzies, 31 anos. Segundo as autoridades, os três foram acusados de perturbar o culto religioso.
Segundo um comunicado fornecido pelo Departamento de Polícia de Nova York à CNA, agência em inglês da EWTN, “três indivíduos do sexo masculino invadiram a igreja e interromperam a missa ao se aproximarem do altar enquanto gritavam 'Palestina Livre!'”
Os manifestantes que interromperam a missa estavam associados a um subgrupo do grupo ambientalista Extinction Rebellion (XR). Este subgrupo é denominado XR NYC Palestine Solidarity. Depois das prisões, os três homens emitiram declarações através de um comunicado de imprensa da organização.
“A guerra, a ocupação e a poluição industrial estão envenenando o solo, o ar e a água em Gaza e em todo o planeta, destruindo a capacidade da Terra de sustentar a vida”, disse Schwedock. “Essa destruição é chamada de ‘Ecocídio’.”
A interrupção da missa ocorreu depois de uma manifestação pró-Palestina que durou um dia inteiro na Times Square.
O comunicado de imprensa da XR NYC Palestine Solidarity disse que o seu objetivo era “exigir que os líderes religiosos se manifestassem” sobre a guerra em Gaza.
Embora não esteja claro o que os manifestantes pedem especificamente aos líderes da fé católica, tanto a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) como o papa Francisco pedem abertamente um cessar-fogo em Gaza há meses.
Na semana anterior, a USCCB pediu aos fiéis que fizessem orações durante a Semana Santa “pelo fim da guerra violenta entre Israel e o Hamas”.
“Para avançar, é absolutamente necessário um cessar-fogo e uma cessação permanente da guerra e da violência. Para avançar, é necessário libertar os reféns e proteger os civis. Para avançar, a ajuda humanitária deve chegar àqueles que dela precisam com tanta urgência”, disse a USCCB na declaração de domingo (31).
O papa Francisco apelou ao fim da guerra e expressou a sua solidariedade aos católicos da Terra Santa numa carta enviada durante a Semana Santa: “vocês não estão sozinhos e não os deixaremos sozinhos, mas permaneceremos solidários com vocês através da oração e caridade ativa”.
Nem a Catedral de São Patrício nem a arquidiocese de Nova York responderam a um pedido de comentário.
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