22 de novembro de 2024 Doar
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Padre batizou recém-nascido abandonado na porta de sua igreja na Argentina

Paróquia Imaculada Conceição (Rosário). | Crédito: Página Facebook da Paróquia Imaculada Conceição Rosário.

A comunidade paroquial da Imaculada Conceição, em Rosário, Argentina, viveu um acontecimento na celebração da Quinta-feira Santa: uma mulher abandonou um bebê à porta da igreja e o padre o batizou.

O pároco local, padre Víctor Pratti, disse ao portal La Capital, que depois batizou a criança, disse: “Ficamos comovidos com a situação tanto do bebê quanto de sua mãe”.

O padre contou que, enquanto fazia celebração da Quinta-Feira Santa, uma jovem que passeava dentro do templo deixou no átrio um bebê de apenas dois dias, em perfeito estado, bem vestido, enrolado numa manta e com a sua documentação.

“Foi comovente, e eu me lembro e fico emocionado tanto pelo bebê quanto pela mãe, não consigo parar de pensar no que a levou a tomar essa decisão, que situação de violência ou pobreza a levou até ali”, acrescentou.

Num primeiro momento, o bebê foi atendido na paróquia por policiais de Santa Fé e médicos, e depois foi transferido para o Hospital Provincial Centenário, onde é provável que tenha nascido.

Minutos antes de encontrar o bebê no átrio, vários fiéis tinham visto “uma jovem andando com um bebê nos braços e chorando”, disse o sacerdote. No entanto, ninguém lhe perguntou nada porque na Semana Santa costuma ter muita gente comovida que visita o templo.

Foi uma das fiéis quem encontrou o bebê. “A princípio as mulheres não sabiam o que era, aproximaram-se e descobriram que era um bebê, foi muito forte, por isso chamaram a polícia enquanto eu ainda estava dando a missa”, disse o padre.

Profissionais de saúde e policiais chegaram ao local e, já no final da cerimônia, o padre Pratti soube que já haviam resolvido a situação, então “não tinha sentido suspender porque tudo estava sob controle”.

O bebê foi rapidamente atendido e, inclusive, uma policial o amamentou. “Todos foram muito bons, a assistência que recebeu, e foi maravilhoso ver como aquela policial o amamentou, foi muito emocionante”, acrescentou o padre.

"Eu o batizei. Achei que era a melhor coisa que eu poderia lhe dar", disse ele. "E deixei o papel do batismo entre as coisas dele, para que se houver uma família ou o que quer que aconteça, embora esperemos que a mãe dele volte, saberá que ele já está batizado", acrescentou.

“Tenho pena da mãe, o que deve estar passando no coração dela. Pobre piba (menina) de fazer isso, o que ela deve ter passado, a situação que ela estaria passando”, refletiu o padre, e lamentou que ninguém tenha se aproximado para “poder continuar a ajudando”.

A criança continua sendo atendida no Serviço de Neonatologia do Hospital, e a Secretaria da Criança intervém nas questões administrativas.

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