Padre mexicano fala de duas heresias sobre a ressurreição de Jesus

Mosaico da Ressurreição de Cristo na Basílica Nacional da Imaculada Conceição em Washington D.C. Mosaico da Ressurreição de Cristo na Basílica Nacional da Imaculada Conceição em Washington D.C. | Crédito: Flickr Lawrence OP (CC-BY-NC-ND-2.0)

O padre mexicano Eduardo Hayen Cuarón, diretor do jornal Presencia da diocese de Ciudad Juárez, falou nesse Tempo Pascal de 2024 sobre duas heresias a respeito da ressurreição de Cristo.

Primeira heresia: “Cristo não teve um corpo verdadeiro”

Em sua conta na rede social X, o padre disse na quinta-feira (4), que "os docetistas do primeiro século disseram que o corpo de Jesus foi uma aparição, mas não um corpo carnal de verdade".

“Se fosse esse o caso, a Paixão de Cristo [seria] uma representação teatral e nós simples crédulos que choramos diante de um ator”, disse.

Segunda heresia: “Cristo não ressuscitou”

O padre Hayan disse sobre isso que “esta é uma heresia modernista atual. Diz-se que a ressurreição foi uma onda de entusiasmo entre os seguidores de Jesus, um desejo de prolongar a causa e os ideais que ele iniciou; uma força poderosa para nos amarmos como irmãos”.

“É, no fundo, a crença da teologia da libertação e do progressismo católico”, acrescentou.

Em resposta a um comentário à sua publicação, o padre mexicano disse que a teologia da libertação “parte de uma análise marxista da realidade e desfigura Cristo, apresentando-o como mais comprometido e preocupado com as causas sociais. Reduz o conceito de pobreza a situações socioeconômicas”.

A fé da Igreja na ressurreição de Cristo

Na sua publicação, o padre mexicano disse que “Cristo teve um verdadeiro corpo com o qual sofreu e morreu por nós. Graças a isso, ele nos mostrou seu amor ao extremo e, graças ao seu sacrifício, nos deu a Redenção”.

“Mas também Cristo ressuscitou dos mortos mostrando o fruto do seu amor e da sua vitória. Os ossos de Cristo nunca serão encontrados nesta terra. Ele ressuscitou e por isso apareceu diante dos apóstolos dizendo-lhes: ‘Aqui estou, toquem-me’”.

Para concluir, o padre disse que Jesus “verdadeiramente sofreu e assim nos amou até o fim. Ele ressuscitou verdadeiramente e assim mostrou a vitória do seu amor. Afirmar a carne de Cristo antes da morte é afirmar o seu amor. Afirmar a carne de Cristo depois da sua Ressurreição é afirmar a sua vitória”.

O que a Igreja diz sobre a ressurreição de Cristo?

O número 646 do Catecismo da Igreja Católica diz que “a ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena, como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Esses factos eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena «normal»: em dado momento, voltariam a morrer”.

“A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do espaço. O corpo de Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado da sua glória, de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo que Ele é o ‘homem celeste’”, acrescenta.

O número 645 diz ainda que o corpo de Jesus ressuscitado tem “as propriedades novas dum corpo glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas pode, livremente, tornar-se presente onde e quando quer (568), porque a sua humanidade já não pode ser retida sobre a terra e já pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai”.

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