2 de dezembro de 2024 Doar
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50 mil pessoas pedem o reconhecimento de 171 católicos mortos na Páscoa de 2019 no Sri Lanka como mártires

Igreja de Santo Antônio em Colombo, um dos templos atacados no massacre da Páscoa de 2019 no Sri Lanka, no qual foram mortos um total de 171 católicos que poderiam ser reconhecidos como mártires. | Crédito: AntanO CC BY-SA 4.0 DEED

Mais de 50 mil católicos pediram à Igreja no Sri Lanka que as 171 vítimas do massacre da Páscoa de 2019 sejam reconhecidas como mártires.

No dia 21 de abril de 2019, domingo de Páscoa, oito homens-bomba atacaram duas igrejas católicas, um templo evangélico e três hotéis de luxo, matando 269 pessoas e deixando mais de 500 feridas.

Das vítimas, 171 eram fiéis católicos que participavam das missas nas igrejas de São Sebastião e Santo Antônio da cidade de Colombo, capital do país asiático.

Cinco anos depois da tragédia, no domingo, 21 de abril, a Igreja local anunciou que dará início a um processo para que seja reconhecido o martírio dos 171 católicos, que foram lembrados com várias iniciativas, como a entrega de mais de 50 mil assinaturas ao arcebispo de Colombo, cardeal Albert Malcolm Ranjith.

A arquidiocese de Colombo enviará agora um pedido oficial ao Dicastério para as Causas dos Santos para que proceda à abertura da fase diocesana da causa de beatificação.

“A coleta de assinaturas e a sensibilização dos fiéis está em curso desde o início da Quaresma. Entre as pessoas há plena consciência do dom da fé daqueles inocentes, assassinados na Igreja enquanto celebravam a ressurreição de Cristo”, disse o padre Jude Chrysantha Fernando, diretor do escritório de comunicações da arquidiocese, à agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, de Colombo.

O padre disse na segunda-feira (22) que no domingo (21) “houve uma grande participação dos fiéis nas celebrações: pela manhã em todas as igrejas houve missas de comemoração, e uma cerimônia especial aconteceu na igreja de Santo Antônio em Colombo, com o presença do cardeal Ranjith”, bem como de outros líderes religiosos e autoridades civis.

Em Colombo, milhares de pessoas guardaram “um momento solene de silêncio de dois minutos, que também foi observado em igrejas de todo o país, para homenagear e lembrar aqueles que perderam a vida” na Páscoa de 2019.

“Foi um momento de grande intensidade espiritual para a comunidade católica do Sri Lanka: a memória destes ‘heróis da fé’ está viva e é fonte de inspiração para muitos. Há uma grande devoção”, acrescentou o padre.

Na missa que celebrou no templo de Santo Antônio, o cardeal Ranjith disse que a Igreja no Sri Lanka pede justiça há cinco anos e exige que seja feita uma investigação internacional e independente sobre os ataques de 2019.

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