23 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco pede a acólitos portugueses que sigam exemplo de são Francisco Marto

Acólitos em missa durante a Peregrinação Nacional a Fátima | Santuário de Fátima

O papa Francisco enviou uma mensagem aos 4 mil acólitos que participaram ontem (1º) da XXVIII Peregrinação Nacional de Acólitos ao santuário de Fátima, Portugal. O papa os incentivou a seguir o “exemplo dos santos que encontraram na Eucaristia o alimento para o seu caminho de perfeição”, e destacou são Francisco Marto, que viveu “horas indescritíveis de alegria diante do Santíssimo Sacramento”.

São Francisco Marto foi um dos videntes de Nossa Senhora de Fátima, junto com sua irmã santa Jacinta Marto, e sua prima, Lúcia. As aparições aconteceram entre maio e outubro de 1917, quando a Virgem Maria lhes transmitiu uma mensagem de penitência e conversão.

Logo depois das aparições, Jacinta e Francisco seguiram sua vida normal. Lúcia foi para a escola, tal como pediu a Virgem, e era acompanhada por seus primos. No caminho, passavam pela Igreja e saudavam Jesus Eucarístico.

Francisco, sabendo que não viveria muito tempo e levado pelo desejo de consolar o coração de Jesus, dizia: “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”. Ao sair do colégio, as meninas o encontravam o mais perto possível do tabernáculo e em recolhimento.

Ele era o mais contemplativo e queria consolar Deus, tão ofendido pelos pecados da humanidade. Em uma ocasião, Lúcia lhe perguntou: “Francisco, o que prefere, consolar o Senhor ou converter os pecadores?”. Ele respondeu: “Eu prefiro consolar o Senhor”.

“Não viu que triste estava Nossa Senhora quando nos disse que os homens não devem ofender mais o Senhor, que já está tão ofendido? Eu gostaria de consolar o Senhor e, depois, converter os pecadores para que eles não ofendam mais ao Senhor”, disse e continuou: “Logo estarei no céu. E quando chegar, vou consolar muito Nosso Senhor e Nossa Senhora”.

Em 18 de outubro de 1918, Francisco adoeceu, vítima da gripe espanhola. No ano seguinte, em 2 de abril, ele se confessou e recebeu a comunhão pela última vez “com uma grande lucidez e piedade”, como escreveu o pároco de Fátima no Livro de Óbitos, ao registar a sua morte, em 4 de abril.

Francisco Marto foi canonizado juntamente com sua irmã Jacinta Marto pelo papa Francisco, em 13 de maio de 2017, no marco das comemorações do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima. São Francisco Marto é padroeiro dos acólitos de Portugal.

A mensagem enviada pelo papa Francisco aos acólitos portugueses, datada de 16 de abril, foi lida pelo arcebispo de Braga, dom José Cordeiro, presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

“Tens de descobrir quem és e desenvolver o teu modo pessoal de seres santo, independentemente daquilo que digam e pensem os outros”, disse o papa aos acólitos. Para Francisco, fazer-se santo é ser “plenamente tu próprio, aquele que Deus quis sonhar e criar e não uma fotocópia”.

“A tua vida deve ser um estímulo profético que sirva de inspiração para os outros, que deixe uma marca neste mundo, aquela marca única que só tu podes deixar”, acrescentou.

Convite para o 5º Congresso Eucarístico Nacional

O arcebispo de Braga convidou os acólitos presentes no santuário de Fátima a participarem do 5º Congresso Eucarístico Nacional, que vai acontecer de 31 de maio a 2 de junho, em Braga. “Estais todos convidados para este grande encontro que nos ajudará a fazer verdadeira festa sempre que celebramos a Eucaristia”, disse, em referência ao tema da peregrinação que foi ‘Acólitos, todos em festa’.

“A grande festa dos acólitos é a Eucaristia! A Eucaristia é a fonte e o cume de toda a vida cristã. Por isso, é nela que vivemos, nos movemos e existimos como cristãos. Os acólitos, com a sua participação na Eucaristia, tomam parte na grande festa dos cristãos. E que festa”, disse dom José Cordeiro.

“Não podemos descansar enquanto todos não estiverem ainda a viver a festa da Eucaristia. Podemos começar por convidar os nossos amigos, os nossos vizinhos, aqueles que já foram acólitos e entraram em debandada… não podemos ficar aprisionados no medo, mas temos de sonhar com que todos cheguem à alegria maior de ser acólitos: participar na festa da Eucaristia”, acrescentou.

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