13 de dezembro de 2024 Doar
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Aborto nos EUA é mais liberado do que na grande maioria dos países, mostra estudo

Manifestantes pró-vida em Paris, na França, em 16 de janeiro de 2022. | STEPHANE DE SAKUTIN/AFP via Getty Images

A lei sobre aborto nos EUA é “muito mais permissiva do que a grande maioria dos países do mundo”, segundo estudo do instituto de pesquisa médica e científica pró-vida Charlotte Lozier Institute.

O estudo divulgado em 30 de abril revelou que dos quase 200 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), os EUA são um dos apenas oito países sem lei nacional limitando o aborto. O estudo também revelou que os EUA são um dos únicos 15 países que permitem o aborto depois da 15ª semana de gravidez, período em que o bebê já pode sentir dor.

Isso ocorre num momento em que o governo Biden tem criticado as leis estaduais pró-vida que limitam o aborto como “extremas” e “bizarras”, ao mesmo tempo que pressiona por uma lei federal que permita o aborto irrestrito durante todos os nove meses de gravidez.

“Embora os ativistas pró-aborto menosprezem as leis de proteção dos batimentos cardíacos, como na Florida, eles fecham os olhos ao verdadeiro extremismo global no nosso próprio país”, disse a pesquisadora associada do Charlotte Lozier Institute, Mia Steupert, à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que ACI Digital pertence.

Ela ressaltou que sete Estados e a capital do país, Washington, DC, permitem o aborto por qualquer motivo até o nono mês de gravidez.

“A lei do aborto nos EUA torna-o uma exceção global numa categoria compartilhada com violadores dos direitos humanos como a China e o Vietnã”, disse Steupert.

“Deveríamos ser um líder internacional no que diz respeito ao direito humano à vida, mas em vez disso somos um dos oito países das Nações Unidas que permite o aborto sob demanda, sem quaisquer limites gestacionais”, continuou ela.

O que o estudo descobriu?

O estudo do Charlotte Lozier Institute concluiu que, sem limite federal ao aborto, os EUA são mais permissivos do que mais de 95% de todos os países membros da ONU e estão no mesmo nível que a China comunista e o Vietnã.

Segundo o estudo, a “norma clara entre os países que permitem o aborto eletivo é limitar o aborto até antes da 20ª semana de gestação, e o aborto eletivo é mais comumente limitado à 12ª semana (o primeiro trimestre)”.

A idade gestacional marca a duração da gravidez, medida a partir do primeiro dia da última menstruação da mãe, que ocorre cerca de duas semanas antes da concepção.

Segundo o estudo, apenas 70 países da ONU permitem o aborto “sob demanda”. Desses, apenas os EUA, a China, o Vietnã a Austrália, o Canadá, a Guiné-Bissau, o México e a Coreia do Sul não têm qualquer limite nacional ao aborto.

Dos 70 países que permitem o aborto sob demanda, mais de 75% – 55 países – limitam o aborto às primeiras 15 semanas de gestação. Mais da metade – 45 países – não permite o aborto depois da 12ª semana de gestação.

Os 139 países restantes da ONU protegem todos os bebês em todas as fases da gravidez e só permitem o aborto por razões específicas, que vão desde risco à vida da mãe até dificuldades socioeconômicas.

O Charlotte Lozier Institute concluiu que um limite nacional de aborto de 15 semanas “afastaria os EUA do extremo ultra-permissivo do espectro”.

Priorizar uma cultura da vida

Steupert disse à CNA que o estudo mostra que os americanos precisam priorizar a criação de uma “cultura da vida”, ao apoiar centros de recursos para gravidez, alternativas aos programas de aborto e dar ajuda a mães necessitadas.

Ela disse que o relatório demonstra que, sem restrições federais ao aborto, os EUA “têm algumas das leis de aborto mais extremas do mundo”.

“Essa realidade deveria alarmar os americanos e motivá-los a proteger a vida e a reagir contra o lobby radical e pró-aborto que infestou a nossa cultura”, disse Steupert.

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