21 de dezembro de 2024 Doar
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Marcha pela vida atrai milhares em meio a alta em índices de aborto na Irlanda

Imagem referencial | Shutterstock

Milhares de ativistas pró-vida participaram da Marcha pela Vida da Irlanda na segunda-feira (6), saindo do parque St. Stephen's Green, no centro de Dublin, e indo até o Parlamento Irlandês.

Segundo o jornal católico The Irish Catholic, com sede em Dublin, milhares de pessoas pró-vida participaram da marcha. O vídeo do evento publicado online mostra grandes multidões de ativistas pró-vida, muitos dos quais aparecem em idade escolar e universitária, segurando balões, faixas e cartazes com mensagens pró-vida.

A multidão parecia alegre, com muitos manifestantes sorrindo e aplaudindo.

O arcebispo de Armagh, dom Eamon Martin, presidente da Conferência Episcopal Irlandesa, participou da marcha junto com vários outros líderes católicos. Ele chamou o evento de "edificante e positivo" em "contraste com as mensagens sombrias e negativas de agressão, violência e morte que ameaçam nos sobrecarregar às vezes".

Antes das eleições na Irlanda, os oradores pediram aos participantes da marcha que "pensem pró-vida" este ano.

Isso ocorre poucos dias depois da Irlanda aprovar um projeto de lei de "zonas de Acesso Seguro" que determinou zonas de 100 metros ao redor de entradas e saídas de provedores de aborto, nas quais "certas condutas destinadas a impedir o acesso ou influenciar decisões em relação à interrupção da gravidez serão proibidas".

Uma das organizadoras e oradoras da marcha, Eilís Mulroy pediu aos cidadãos irlandeses que priorizem votar em candidatos e partidos pró-vida em meio a índices de aborto que, segundo ela, estão "aumentando" atualmente e tendo um efeito "devastador" na sociedade irlandesa.

O aborto foi legalizado na Irlanda em 2018 e atualmente é permitido até as 12 semanas de gravidez. Antes de 2018, a oitava emenda da Irlanda permitia o aborto apenas em casos em que a vida da mãe estivesse em perigo.

Uma comissão criada para revisar a legislação introduzida depois da aprovação do referendo de 2018 considera eliminar um período de espera de três dias, remover penalidades criminais para profissionais médicos que fazem abortos e mudar a definição legal de anomalias fetais fatais.

Segundo o jornal irlandês Offaly Independent, a Irlanda registrou um recorde histórico de 9.218 abortos em 2023. Isso representa um aumento em relação aos 8.876 abortos em 2022 e aproximadamente 7 mil abortos a cada ano entre 2019 e 2021. No total, houve aproximadamente 38.018 bebês mortos por aborto na Irlanda desde que o procedimento foi legalizado em 2018.

Pouco antes da marcha, Martin e vários outros bispos e padres celebraram uma missa na vizinha Newman University Church.

"Somos chamados – em tudo o que fazemos ou dizemos – a ser testemunhas do amor de Deus tornado presente em Jesus Cristo. Para nós, isso significa inevitavelmente dar testemunho do valor inerente a cada vida humana", disse em uma homilia o bispo de Elphin, dom Kevin Doran, presidente do Conselho Episcopal Irlandês para a Vida.

Ao citar a lei das Zonas de Acesso Seguro, Doran acrescentou que "nada – nenhuma lei, nenhuma política pública e nenhuma pressão de pares de vizinhos ou colegas pode remover nosso direito e, de fato, nossa responsabilidade de defender publicamente aqueles que são mais vulneráveis, especialmente no início e no final da vida".

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