24 de novembro de 2024 Doar
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Votamos nele para acabar com o aborto, diz líder pró-vida argentino sobre Milei

O presidente da Argentina, Javier Milei, em entrevista à BBC em 8 de maio de 2024. | Captura de vídeo

Raúl Magnasco, presidente da fundação pró-vida Más Vida e do Partido Celeste da Argentina, criticou a declaração (em espanhol) do presidente argentino Javier Milei à rede de televisão britânica BBC em 6 de maio de que a revogação da lei do aborto não fazia parte das suas promessas eleitorais.

Eleito presidente em novembro de 2023, Javier Milei manifestou-se publicamente contra o aborto em diversas ocasiões, qualificando-o como “assassinato agravado pelo vínculo”.

Antes de se tornar presidente, Milei disse que levaria o assunto à consulta popular e a revogação da lei seria definida segundo o voto da população.

À BBC, porém, Milei separou sua “marcada posição pró-vida” pessoal das suas propostas de governo. O presidente disse que não está na agenda presidencial a revogação da lei do aborto, aprovada em dezembro de 2020 durante o governo do seu antecessor, Alberto Fernández.

Magnasco disse à EWTN Noticias, do grupo a que pertence ACI Digital, que o aborto “é o lado mais cruel e sangrento dessa batalha, e também o mais cruel dos negócios que a ideologia minoritária esquerdista conseguiu impor”.

“Hoje é a principal causa de morte no país, custando a vida de mais de 120 mil argentinos por ano, além dos danos que causa às mães e às suas famílias”, disse o líder pró-vida.

Para Magnasco, Milei “foi eleito pela grande maioria dos argentinos, aquela maioria celeste que em 2018 saiu às ruas, e votamos nele para acabar com as castas, com os privilégios políticos, mas também com o aborto e à ideologia de gênero.”

“Concordamos que os três princípios e direitos fundamentais são a vida, a liberdade e a propriedade privada”, disse Magnasco. “Nesta ordem, porque a vida é o primeiro direito humano, e sem a vida ninguém pode exercer qualquer outro direito, e é por isso que acabar com o aborto é uma prioridade em nosso país”.

“O presidente Milei costuma encerrar seus discursos pedindo a Deus que abençoe os argentinos. É difícil que uma nação seja abençoada se continua a atacar a vida dos mais pequenos. Esperemos que agora as forças do céu nos acompanhem”, concluiu Magnasco.

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