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Justiça dos EUA nega direito de pais tirarem filhos de aulas sobre ideologia de gênero

Pais e defensores da liberdade religiosa protestam contra política do sistema de ensino de estado de Maryland, nos EUA, que nega direito de pais tirarem filhos de aulas sobre ideologia de gênero, em 6 de junho de 2023. | The Religious Freedom Institute

Um tribunal federal de apelação dos EUA decidiu na quarta-feira (15) que os pais não têm o direito de serem informados quando seus filhos têm aulas sobre ideologia de gênero ou de tirar seus filhos dessas aulas no estado de Maryland.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Becket Law, grupo de defesa jurídica da liberdade religiosa que representou os pais que contestam o Conselho de Educação do Condado de Montgomery, disse na quarta-feira (15) que o Tribunal de Apelações do Quarto Circuito dos EUA, que abrange os estados de Carolina do Norte, Carolina do Sul, Maryland, Virgínia e Virgínia Ocidental, manteve a decisão de um tribunal inferior.

O grupo disse que a decisão significa que os pais de crianças matriculadas nas escolas públicas do condado de Montgomery “não têm o direito de ser notificados ou deixar seus filhos fora” de materiais que propagam a ideologia de gênero.

O Becket Law, especializado em casos de liberdade religiosa, disse que os pais se opuseram a expor seus filhos a livros que “defendem paradas de orgulho, transição de gênero e preferências de pronomes para crianças”.

Outros livros alegadamente pediam às crianças que localizassem palavras como “roupa de baixo” e “couro” e que explorassem tópicos como identidades “não binárias” de indivíduos que acreditam não ser nem homem Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

O Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Maryland tinha inicialmente decidido contra os pais em agosto do ano passado, alegando que os pais “não são pressionados a violar as suas crenças religiosas, a fim de obterem os benefícios de uma educação pública”.

O tribunal de recurso decidiu a mesma coisa na quarta-feira (15). Dois dos três juízes consideraram que os demandantes “não demonstraram um fardo reconhecível” ao livre exercício da sua religião.

O tribunal argumentou que não há “nenhuma evidência neste momento de que a decisão do conselho de não permitir que o conteúdo seja opcional obrigue os pais ou os seus filhos a mudarem as suas crenças ou conduta religiosa, seja na escola ou em outro local”.

A decisão disse que os demandantes não forneceram evidências de que “foram solicitados a afirmar pontos de vista contrários aos seus pontos de vista sobre gênero ou sexualidade, a rejeitar pontos de vista sobre esses assuntos que sua religião defende, ou de outra forma agir afirmativamente em violação de sua crença religiosa”.

Para o vice-presidente e conselheiro sênior do Becket Law, Eric Baxter, o tribunal “disse a milhares de pais de Maryland que eles não têm voz ativa sobre o que seus filhos aprendem nas escolas públicas”.

“Isso vai contra a Primeira Emenda, a lei de Maryland, as próprias políticas do conselho escolar e a decência humana básica”, disse Baxter em um comunicado publicado depois da sentença. “Os pais devem ter o direito de receber avisos e excluir seus filhos de materiais de sala de aula que violem sua fé”.

O escritório vai apelar contra a decisão.

A controvérsia uniu uma ampla coalizão de pais muçulmanos, católicos e etíopes ortodoxo, contra a política do conselho municipal de educação.

Em agosto do ano passado, antes da decisão do tribunal distrital, dezenas de pais de várias confissões religiosas reuniram-se em frente ao tribunal federal do condado de Montgomery em apoio aos queixosos.

O conselheiro sênior da Becket Law, William Haun, disse na época à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, que “o objetivo deste processo é restaurar a capacidade de avisar os pais e optar por não participar”. O conselho escolar anulou a possibilidade de os pais optarem pela exclusão dos alunos de aulas de ideologia de gênero em março do ano passado.

“O conselho escolar simplesmente retirou, sem qualquer explicação pública. A Primeira Emenda protege contra o poder arbitrário e protege o direito dos pais de dirigir a educação religiosa dos seus filhos”, disse Haun.

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