22 de dezembro de 2024 Doar
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Médicos dos EUA pedem que "parem imediatamente" procedimentos de mudança de sexo em crianças

A diretora executiva do Colégio Americano de Pediatras, Jill Simons, em entrevista à EWTN News na última quinta-feira (6). | EWTN News Nightly/YouTube

Os principais médicos e grupos médicos dos EUA assinaram uma declaração intitulada "Médicos Protegendo Crianças" que expressa "sérias preocupações" sobre o tratamento de menores que estão desconfortáveis com seu sexo natural, disse a diretora executiva do Colégio Americano de Pediatras, Jill Simons, à EWTN News na semana passada.

Simons disse à âncora do "EWTN News Nightly" Tracy Sabol na quinta-feira (7) que o grupo médico tem "soado o alarme" depois do vazamento recente de arquivos da Associação Profissional Mundial de Saúde Transgênero em que defensores da ideologia de gênero admitiram que crianças que fazem procedimentos permanentes de mudança são muito jovens para serem capazes de dar consentimento informado.

Outro fato alarmante foi a divulgação de um estudo independente da médica Hilary Cass, na Inglaterra, que não encontrou provas abrangentes que apoiem a prescrição rotineira de medicamentos para procedimento de mudança de sexo a menores de idade com disforia de gênero.

Essas revelações "tinham a evidência esmagadora de que esses chamados tratamentos de afirmação de gênero não deveriam continuar", disse Simons.

"Pensamos que nossos colegas aqui nos EUA tomariam cuidado e também fariam o mesmo e colocariam uma pausa, [mas] eles continuaram", disse Simons. "Acabamos de nos reunir como uma coalizão de médicos, organizações e dissemos: 'Basta'."

Dezoito organizações médicas e de políticas de saúde assinaram a declaração "Médicos Protegendo Crianças", incluindo a Associação Médica Católica (CMA, na sigla em inglês), juntamente com cerca de 100 médicos e líderes de saúde.

A declaração afirma que o sexo é um "traço inato" que "não é alterado por drogas ou intervenções cirúrgicas". A declaração também critica a ideologia de gênero por não se basear "na realidade dessas diferenças inatas de sexo" e esclarece ainda que as decisões médicas devem "respeitar a realidade biológica e a dignidade da pessoa".

O diretor executivo da CMA, Mario Dickerson, disse a Sabol que sua organização assinou a declaração para proteger as crianças.

"No centro está a proteção das crianças. Isso vem antes de tudo", disse. "Há um estudo que diz que [a ideologia de gênero] afeta 1% das crianças nos EUA. [Há] 72 milhões de crianças nos EUA, então são 720 mil crianças... Estarmos realmente defendendo as crianças é o principal motivo".

Dickerson destacou que 16% dos hospitais nos EUA são católicos.

"Certamente os encorajaríamos a assinar esta declaração e tranquilizar seus pacientes de que estão do lado de não fazer nenhum mal a seus filhos e fazer uma declaração pública", disse.

"Se os hospitais católicos e os sistemas de saúde assinassem este documento, acho que isso causaria um impacto tremendo nos cuidados de saúde em geral nos EUA”.

Os médicos disseram na declaração que a maioria das confusões de gênero na adolescência "resolverá essas incongruências mentais depois de experimentar o processo normal de desenvolvimento da puberdade".

"O consentimento informado responsável não é possível à luz de estudos de acompanhamento de longo prazo extremamente limitados de intervenções e da natureza imatura, muitas vezes impulsiva, do cérebro adolescente", diz a declaração.

"O córtex pré-frontal do cérebro adolescente é imaturo e é limitado em sua capacidade de criar estratégias, resolver problemas e tomar decisões emocionalmente carregadas que têm consequências para toda a vida".

Os médicos também enfatizaram que há "sérios riscos a longo prazo associados ao uso de transição social, bloqueadores da puberdade, hormônios masculinizantes ou feminilizantes e cirurgias, entre as quais a esterilidade potencial".

"A pesquisa médica baseada em evidências agora demonstra que há pouco ou nenhum benefício de qualquer ou todas as intervenções sugeridas de 'afirmação de gênero' para adolescentes que experimentam disforia de gênero", diz a declaração.

O comunicado acrescenta que a "primeira linha de tratamento" deve ser a psicoterapia para problemas de saúde mental subjacentes, incluindo depressão, ansiedade, autismo e trauma emocional prévio.

Respondendo sobre o que espera da declaração, Simons disse a Sabol que está "muito otimista".

"Tenho fé nos meus colegas, pediatras e médicos de todo o país, que vamos fazer a coisa certa", disse.

"Acho que muitas pessoas estão com medo ou simplesmente não estão prestando atenção, e essa declaração é para passar a mensagem em alto e bom som", disse Simons. "Continuo muito otimista de que isso terá uma reviravolta”.

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