24 de novembro de 2024 Doar
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Bispo critica decisão de Suprema Corte dos EUA que libera pílula abortiva

O bispo de Arlington, Virgínia, dom Michael Burbidge, chefe do Comitê de Atividades Pró-Vida da USCCB. | Zelda Caldwell/CNA

O bispo de Arlington, Virgínia, dom Michael Burbidge, chefe do Comitê de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês), expressou decepção com a decisão de ontem (13) da Suprema Corte dos EUA que permite que a pílula abortiva mifepristona continue disponível, ao citar os riscos à saúde das mulheres, bem como a preocupação com a vida dos nascituros.

A decisão unânime de ontem (13) da Suprema Corte dos EUA considerou que os demandantes não tinham legitimidade legal para processar a Food and Drug Administration (FDA, órgão do governo federal dos EUA), que emitiu os regulamentos que tornaram a pílula abortiva amplamente disponível.

"Sabemos que foi uma decisão processual, e não falamos sobre a legalidade final da pílula abortiva, mas ainda é muito decepcionante porque agora a pílula abortiva continua muito disponível", disse o bispo à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital.

Como presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida da USCCB, Burbidge fez um apelo para que os católicos rezem para que a Suprema Corte dos EUA fique ao lado dos grupos médicos pró-vida que contestam a regulamentação da FDA.

A FDA permite que o medicamento abortivo mifepristona seja administrado para abortos químicos até a décima semana de gestação.

A ação também contestou a desregulamentação do medicamento pelo FDA, que permitia que ele fosse prescrito sem consulta médica presencial e distribuído pelo correio.

“A tristeza de uma mulher só por estar sozinha, desacompanhada – não acho que as pessoas tenham consciência dos efeitos nocivos. É porque amamos as mulheres que estamos preocupados que esta pílula continue tão acessível”, disse Burbidge na assembleia geral de primavera da USCCB no Omni Louisville Hotel, em Louisville, Kentucky.

Um estudo publicado pela USCCB cita preocupações de segurança com a pílula abortiva, incluindo sangramento, infecções e até a morte. O estudo diz que a taxa de efeitos adversos de abortos químicos é de mais de 5%, o que é quatro vezes maior do que com abortos cirúrgicos no primeiro trimestre.

Dom Burbidge disse que a conferência episcopal vai continuar a concentrar seus esforços em ajudar as mulheres necessitadas e educar as pessoas sobre as preocupações de segurança da pílula abortiva, acrescentando que as mulheres não escolheriam fazer um aborto se tivessem o apoio de que precisam.

"Vamos acolhê-las, esperançosamente, acompanhá-las, amá-las, provê-las de todas as maneiras possíveis", disse ele, acrescentando que o programa  Walking with Moms in Need (Caminhando com Mães Necessitadas, em tradução livre) ampliou as opções para mulheres grávidas que enfrentam situações difíceis.

Dom Burbidge disse que ele e seus colegas bispos não desistiram da luta legal contra a pílula abortiva.

"Vamos certamente buscar outras maneiras, outros meios de garantir que continuemos a levantar isso como uma questão e a desafiar a legalidade e a segurança desta pílula abortiva", disse Burbidge.

"Disseram que os médicos pró-vida não tinham legitimidade para entrar com a ação. Bem, vamos continuar buscando formas de contestar essa decisão", disse o bispo.

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