21 de novembro de 2024 Doar
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Atos pró-vida defendem PL contra aborto tardio no Brasil neste fim de semana

Marcha pela vida no Rio de Janeiro em maio de 2024 | Nathália Queiroz / ACI Digital

A Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, ou Rede Colaborativa Brasil, convocou para este fim de semana (29 e 30 de junho) “atos nacionais em defesa da vida, contra o aborto”. A iniciativa acontece em apoio ao projeto de lei 1904/2024, que equipara o aborto depois de 22 semanas, ou cinco meses e meio, de gestação ao homicídio.  

“Nós convocamos os atos nacionais para os dias 29 e 30 de junho pelo que se apresenta hoje, que é esses grupos feministas desvirtuando o PL 1904/2024, que se refere a proibição da assistolia fetal. Como promotores e defensores da vida desde a concepção até a morte natural, não apoiamos qualquer que seja a intervenção humana para silenciar um coração que pulsa. Toda vida é valiosa, toda vida importa”, disse à ACI Digital a cantora Zezé luz, líder da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família. 

A assistolia fetal é um procedimento em que se injeta cloreto de potássio no coração do bebê em gestação, causando uma parada cardíaca. Depois de morto, o bebê é retirado do ventre da mãe.  

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina de 3 de abril proíbe a assistolia fetal antes de abortos em casos previstos pela lei depois de 22 semanas de gestação. Mas, os efeitos da resolução foram suspensos em 17 de maio por liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). 

Em meio a esse cenário, tramita na Câmara dos Deputados o PL 1904/2024, que equipara o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio. No dia 12 de junho, os deputados aprovaram o pedido de urgência do PL. Ainda não há data para votação do projeto. 

“Nós, como defensores da vida não poderíamos achar que um bebê de 22 semanas até nove meses de gestação ao ser afetado diretamente com injeção de cloreto de potássio não tenha ninguém para defender. Então, a Rede convocou os atos no compromisso com a vida humana, para que as pessoas possam se levantar de fato em favor da vida da mamãe e da vida do bebê”, disse Zezé. 

Para a diretora do Apostolado Santa Gianna Beretta Molla, em Maringá (PR), Jéssica Caetano, “esse assunto precisa ser falado muitas vezes, não pode cair no esquecimento”, para que pautas pró-aborto não avancem. 

“Por isso que convocamos os atos nacionais”, disse Zezé Luz. Segundo ela, “todas as instituições e pessoas de boa vontade que defendem a vida desde a concepção estão convocadas” a “fazer qualquer tipo de ação. “Esse formato de ato, diferentemente da marcha, da caminhada, é que basta que um grupo pequeno de pessoas esteja reunido neste propósito, mas que isso seja feito de forma pública”, completou. 

Zezé ressaltou que a Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família “é apartidária e suprarreligiosa” e apoia “toda e qualquer iniciativa que venha ao encontro daquilo que defendemos, que é a inviolabilidade do direito à vida e a promoção da dignidade da pessoa humana”. “Obviamente”, disse, “tratando da saúde mental, do cuidado das mulheres, porque são vítimas”. Então, acrescentou, “nós precisamos através desses atos públicos também chamar a consciência e a responsabilidade dos órgãos públicos sobre a segurança pública para que as mulheres tenham obviamente a sua dignidade preservada”. 

Em Maringá o ato será no formato de marcha de mulheres. Segundo Jéssica Caetano, o objetivo é “mostrar que hoje o movimento feminista não nos representa e, no fundo o que ele quer  não é o bem das mulheres, mas interesses ideológicos”. “As mulheres estarão lá mostrando que as mulheres do Brasil são pró-vida, para afirmar o pensamento da mulher brasileira que é contra o aborto”, disse à ACI Digital. 

A concentração da Marcha das Mulheres contra o Aborto será às 9h, na praça Rocha Pombo. Os organizadores pedem que as participantes levem um pacote de fralda para ajudar mães necessitadas. 

No Rio de Janeiro o ato acontecerá no domingo (30), com concentração a partir das 14h no Posto 5 da praia de Copacabana. 

“Mais uma vez precisamos nos unir para, com nossa voz e atitude, defender nossos irmãos mais indefesos, os nascituros, do perigo do aborto. Também é crucial juntarmos fortes para proteger as mulheres das graves consequências do aborto que afetam sua saúde física, psicológica e espiritual”, disse em um vídeo o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Tiago Stanislaw, que está à frente do projeto Adoção Espiritual, que propõe a oração diária por um bebê em risco de ser abortado. 

Em Florianópolis (SC), o Instituto Vida e Família fará o ‘Picnic Famílias em Defesa da Vida’, no domingo (30), a partir das 14h, no Parque dos Coqueiros. “Queremos estar lá com as famílias, fazendo o piquenique, distribuindo frutas e as famílias vão levar um lanche para partilhar. Nós vamos conversar com as pessoas que estarão no parque, que passarem por lá, para conscientizar sobre as consequências, os malefícios do aborto e a importância do PL 1904 e também promover uma tarde especial de convivência e ressaltar a importância, a dignidade da vida”, disse à ACI Digital a vice-presidente do Instituto Vida e Família, Tamires Pontes. 

Ela ressaltou que “quando falamos na dignidade da vida, é pensando nas duas vidas”, tanto da mulher como do bebê. “Queremos salvar as duas vidas e conscientizar as pessoas de que o que tem ali no ventre daquela mulher é uma vida e a vida é inestimável independente das circunstâncias em que se encontra”, disse. 

Para Tamires Pontes, momentos como este são “cruciais” para “estarmos com as famílias, as pessoas que defendem a vida em atos públicos, nos manifestando”. “Atos como esses nos fortalecem, porque conseguimos mostrar publicamente que temos voz”, acrescentou. 

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