14 de dezembro de 2024 Doar
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Governo Biden divulga relatório sobre sua agenda mundial pró ideologia de gênero.

Departamento de Estado dos EUA. | Mark Van Scyoc/Shutterstock

O Departamento de Estado dos EUA divulgou o terceiro "relatório de progresso" anual sobre o avanço do que chama de "direitos humanos" de homossexuais e pessoas que se identificam com o sexo diferente do natural em todo o mundo.

A iniciativa do Departamento de Estado dos EUA sob administração do presidente Joe Biden detalha como várias agências federais participam do amplo esforço da política externa dos EUA, que agora permite que refugiados e solicitantes de asilo escolham seu gênero nos formulários dos Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA "sem a necessidade de fornecer documentação de apoio ou corresponder ao gênero listado em seu documento de identidade".

O relatório do Departamento de Estado diz considerar essa e dezenas de outras iniciativas de "direitos humanos" de minorias sexuais detalhadas no relatório, como o financiamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) de um "Salão de Transformação" na Índia "para melhorar as oportunidades de carreira e empreendedorismo para a comunidade transgênero" no país.

Segundo o último relatório, as agências governamentais dos EUA destinam dezenas de milhões de dólares em dezenas de projetos e doações para organizações em todo o mundo que apoiam a ideologia de gênero, a mudança de gênero e "combatem as chamadas práticas de 'terapia de conversão'".

"Promover e proteger os direitos humanos das pessoas LGBTQI+ é uma prioridade da política externa dos EUA", diz o comunicado do Departamento de Estado que acompanha o relatório.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. Daí a sigla LGBTQI+, usada para identificar “lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexo e mais”.

 

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

 

O novo relatório do Departamento de Estado mostra como o governo dos EUA, sob Biden, usa especificamente programas de ajuda externa e sua influência com instituições financeiras internacionais e a Organização das Nações Unidas (ONU) para pressionar países a aderir e disseminar suas políticas que favorecem a ideologia de gênero.

Segundo relatório, só o Departamento de Estado autorizou mais de US$ 3,2 milhões (cerca de R$ 175 milhões) em pequenas doações para "116 organizações LGBTQI+ em 73 países" nos últimos cinco anos. O relatório indica que a Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) dedicou "mais de US$ 7 milhões (cerca de R$ 38 milhões) para apoiar atividades em missões da que integram ações LGBTQI+" e "alavancou mais de US$ 11 milhões (cerca de R$ 60 milhões) da filantropia privada para promover os direitos humanos das pessoas LGBTQI+".

O Corpo da Paz, agência do governo americano que manda voluntários para serviços sociais em 60 países do mundo, fala, no relatório, da celebração de "eventos de orgulho na sede e postos" e do compromisso de "promover oportunidades entre a comunidade LGBTQI+ para servir no exterior".

O Plano de Emergência do Presidente para Alívio da Aids (PEPFAR, na sigla em inglês), destacou que no ano fiscal de 2023 atendeu 799 mil "homens que fazem sexo com homens (HSH)" e "mais de 85 mil pessoas transgênero em mais de 50 países".

Os esforços relacionados citados no relatório incluem novas regras de subsídios e acordos do Departamento de Agricultura dos EUA que "incluem proteções contra a discriminação com base na identidade e expressão de gênero". O Departamento de Estado também indicou estar desenvolvendo regras semelhantes relacionadas à assistência externa financiada pelo departamento.

Agenda do governo inclui proibição de 'terapia de conversão'

Entre os esforços destacados no relatório está o compromisso do governo americano de "prevenir práticas de terapia de conversão (CTP) globalmente".

Embora o relatório não defina o termo, a CTP é entendida como qualquer terapia que busca mudar "a orientação sexual ou identidade de gênero de um indivíduo", incluindo "comportamentos ou expressões de gênero, ou para eliminar ou reduzir atrações ou sentimentos sexuais ou românticos em relação a indivíduos do mesmo sexo".

Segundo o relatório, o Departamento de Estado dos EUA, em conjunto com o Departamento do Tesouro dos EUA, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA e a USAID divulgaram "conhecimento científico atual com profissionais médicos e funcionários públicos sobre os danos da CTP".

"A alegação de que a terapia de mudança de orientação sexual é sempre prejudicial não é apoiada pelas evidências disponíveis", afirma Jennifer Roback Morse, fundadora e presidente da coalizão inter-religiosa global de defesa dos valores familiares Ruth Institute ao citar o trabalho do padre Paul Sulllins.

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