23 de novembro de 2024 Doar
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Santa Sé se une em oração pelos EUA e condena violência juntamente com líderes mundiais

Agentes de segurança perto do local do comício de Donald Trump ontem (13) em Butler, na Pensilvânia, depois da tentativa de assassinato do ex-presidente | Anna Moneymaker / Getty Images

A Santa Sé se pronunciou depois do atentado contra o ex-presidente Donald Trump, junto com líderes políticos da América Latina e do mundo, condenando a violência política e apoiando a democracia.

Segundo a declaração da Sala de Imprensa da Santa Sé, divulgada hoje (14), pelo Vatican News, "a Santa Sé expressa a própria preocupação pelo episódio de violência de ontem à noite, que fere as pessoas e a democracia, provocando sofrimento e morte".

A Santa Sé "une-se à oração dos Bispos estadunidenses pelos Estados Unidos, pelas vítimas e pela paz no país, para que jamais prevaleçam as razões dos violentos".

Trump foi ferido em um tiroteio durante seu comício de campanha na cidade de Butler, no oeste da Pensilvânia. os fatos ocorreram ontem (13), por volta das 18h20 (horário local), logo depois do início do comício.

Em uma declaração publicada na rede social Truth Social, Trump disse que uma bala perfurou a parte superior de sua orelha direita. Depois de ser tratado em um hospital próximo, o ex-presidente voou para Nova Jersey para passar a noite, sob a proteção do Serviço Secreto.

Líderes mundiais reagem ao ataque contra Trump

"Seja como for, reprovamos o que aconteceu com o ex-presidente Donald Trump. A violência é irracional e desumana", escreveu o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador em sua conta no X (antigo Twitter).

"Todo o meu apoio e solidariedade ao presidente e candidato Donald Trump, vítima de uma tentativa covarde de assassinato que pôs em risco sua vida e a vida de centenas de pessoas", escreveu o presidente da Argentina, Javier Milei, em sua conta no X.

"Não surpreende o desespero da esquerda internacional, que hoje vê sua ideologia nefasta expirando e está disposta a desestabilizar as democracias e promover a violência para se prender ao poder. Com pânico de perder nas urnas, eles recorrem ao terrorismo para impor sua agenda retrógrada e autoritária", disse o presidente.

"Espero a rápida recuperação do presidente Trump e que as eleições nos Estados Unidos sejam realizadas de forma justa, pacífica e democrática", disse Milei.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em suas redes sociais que “o atentado contra o ex-presidente Donald Trump” ontem, “é inaceitável” e “deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política”.

A presidência da República de El Salvador publicou uma mensagem no X afirmando que "o presidente Bukele condena categoricamente a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald J. Trump (...) na Pensilvânia".

"As orações do Presidente Bukele estão com o presidente Trump e sua família durante este momento difícil. Ele também lhe deseja uma rápida recuperação e espera que recupere a saúde em breve", acrescentou o texto.

"El Salvador reafirma seu compromisso com os princípios democráticos e se une em solidariedade aos Estados Unidos diante deste ataque", concluiu a mensagem.

Por sua vez, o governo colombiano, por meio da chancelaria, também condenou o ataque contra Trump e ressaltou no X que "como um país que já sofreu violência, reafirmamos que esta não tem lugar no debate político e eleitoral. Esse ato lamentável foi um ataque à democracia. Nos solidarizamos com os Estados Unidos neste momento difícil".

"O mundo não precisa de mais guerras, precisa de paz, compreensão, crescimento e desenvolvimento. Precisamos reduzir a brecha da desigualdade para que a humanidade cresça e se desenvolva em harmonia. Repudiamos a violência em todos os sentidos e rejeitamos o ataque ao ex-presidente Trump", escreveu Nicolás Maduro Guerra, filho do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O presidente da França, Emmanuel Macron classificou a tentativa de assassinato como uma "tragédia para nossas democracias" e desejou ao ex-presidente Trump uma rápida recuperação, acrescentando que "a França compartilha a comoção e a indignação do povo americano".

O primeiro ministro do Canadá, Justin Trudeau disse que estava "enojado" com o tiroteio. "Não há como exagerar: a violência política nunca é aceitável. Meus pensamentos estão com o ex-presidente Trump, com aqueles que estavam no evento e com todos os americanos", destacou.

Em uma publicação no X, o primeiro ministro do Japão, Fumio Kishida disse: "Devemos nos manter firmes contra qualquer forma de violência que desafie a democracia", enquanto o presidente de Taiwan, Lai Ching-te disse que "a violência política, sob qualquer forma, nunca é aceitável em nossas democracias".

A primeira ministra da Itália, Giorgia Meloni desejou a Trump uma rápida recuperação " com a esperança de que, nos próximos meses de campanha, o diálogo e a responsabilidade prevaleçam sobre o ódio e a violência".

Um porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres condenou o tiroteio e o chamou de "ato de violência política".

O primeiro ministro britânico, Keir Starmer disse estar "chocado com as cenas impactantes" do comício e enfatizou que "a violência política, seja de que forma for, não tem lugar em nossas sociedades e meus pensamentos estão com todas as vítimas deste ataque".

" Junto com todas as pessoas do mundo que amam a democracia, condenamos todas as formas de violência política", disse o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., em sua conta no X e completou: "A voz do povo deve ser sempre suprema".

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O primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese observou que "o incidente ocorrido hoje no evento de campanha do ex-presidente Trump na Pensilvânia é preocupante para o processo democrático".

O primeiro ministro da Hungria, Viktor Orbán que se encontrou com Trump na semana passada em sua visita aos Estados Unidos para a cúpula da OTAN, disse que suas orações estão com o ex-presidente " nestas horas sombrias".

Suspeito do ataque a Trump é identificado

O FBI identificou o suspeito do ataque a Trump. Ele é Thomas Matthew Crooks, de Bethel Park, na Pensilvânia, um jovem de 20 anos. Crooks, que não tinha documento de identidade, foi identificado por análise de DNA depois de ser baleado por um atirador do Serviço Secreto, segundo as autoridades.

Em um comunicado, o FBI disse que o evento "continua sendo uma investigação ativa e em andamento" e pediu a quem tiver informações para ligar ou enviar fotos ou vídeos on-line.

O agente especial do FBI de Pittsburgh encarregado do caso, Kevin Rojek disse ontem (13) a noite que ainda não se sabe o motivo do tiroteio, que deixou um participante do comício morto e dois outros feridos. A polícia disse que todas as três vítimas eram homens.

O presidente da Câmara de Supervisão, James Comer informou que o Congresso realizará uma audiência sobre a tentativa de assassinato, para a qual será convidada a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle.

 

 

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