27 de dezembro de 2024 Doar
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Aplicativo católico foi removido de plataforma digital na China, diz seu criador

Bandeira chinesa tremula ao lado de cruz em igreja em Pingtan, China, em 15 de janeiro de 2024. | GREG BAKER/AFP via Getty Images

O aplicativo católico Hallow, criado nos EUA, foi removido da Apple App Store na China por apresentar conteúdo "ilegal", disse o criador do aplicativo na segunda-feira (15).

Alex Jones, criador do Hallow, escreveu que o aplicativo "acabou de ser expulso da App Store na China" em publicação nas redes sociais na segunda-feira (15).

“[Estou] rezando por todos os cristãos na China”, acrescentou.

O Hallow é um aplicativo de oração que fornece conteúdo devocional católico em áudio. Segundo o Hallow, o aplicativo foi baixado mais de 14 milhões de vezes "em mais de 150 países", inclusive no Brasil, desde seu lançamento em 2018. Os downloads do Hallow lideraram brevemente a app store, em todas as categorias, pela primeira vez em fevereiro.

Jones divulgou ontem (16) em e-mail à CNA, agência do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, que a Administração do Ciberespaço da China (ACC) o informou que Hallow foi "considerado como incluindo conteúdo no aplicativo que é ilegal na China e, portanto, deve ser removido", sem dar mais detalhes.

Jones disse que o número de usuários do aplicativo católico na China estava "na casa dos milhares", embora não tenham números exatos. Segundo um estudo, os católicos na China atingiram o pico de 12 milhões em 2005.

“Continuaremos tentando servir nossos irmãos e irmãs em Cristo na China da melhor forma possível através de nosso site, aplicativo da web, conteúdo de mídia social, mas principalmente com nossas orações”, disse Jones.

Ele se recusou a especular sobre o momento da ação da ACC. Uma nova e importante série de áudio sobre a vida de são João Paulo II, “Witness to Hope” (Testemunha da Esperança, em tradução livre), foi lançada no Hallow esta semana e faz menção à resistência do santo ao comunismo.

O governo comunista da China é oficialmente ateu, embora algumas religiões “oficiais” sejam toleradas, incluindo o catolicismo. A Igreja na China é dividida entre a Associação Patriótica Católica Chinesa autorizada pelo governo e uma Igreja Católica “clandestina” leal a Roma que é perseguida.

A Santa Sé assinou um acordo com o governo chinês sobre a nomeação de bispos em 2018. Os termos do acordo, renovados a cada dois anos, são secretos.

O governo chinês exerce forte controle e vigilância sobre a internet e as mídias sociais no país e pressiona os fiéis religiosos a se conformar à ideologia do Partido Comunista Chinês. A lei chinesa também exige que a educação religiosa e os locais de culto sejam oficialmente aprovados e registrados pelo governo.

Essa não é a primeira vez que o ACC usa a lei cibernética chinesa para pressionar a remoção de aplicativos religiosos. Uma empresa de Bíblias digitais removeu seu aplicativo das ofertas da loja de aplicativos da Apple na China em 2021, e a própria Apple removeu um aplicativo do Alcorão de sua loja na China a pedido de autoridades chinesas.

A censura do ACC também não se limita a aplicativos religiosos. O ACC ordenou que a Apple removesse o WhatsApp, o Signal e o Telegram, três dos aplicativos de mensagens mais populares do mundo, todos com mensagens privadas e criptografadas, da loja de aplicativos em abril, alegando preocupações com a segurança nacional.

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