30 de outubro de 2024 Doar
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Cinco coisas a saber sobre santa Brígida da Suécia, mística e mãe

Santa Brígida da Suécia. | Carlston Macks, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

A Igreja celebra hoje (23) a festa de santa Brígida da Suécia, mística da Idade Média que foi mãe de uma grande família, dama de companhia de uma rainha e fundadora de uma ordem religiosa que existe até hoje.

1. Santa Brígida teve sua primeira visão aos dez anos de idade.

Brígida, Birgitta em sua própria língua, nasceu de pais ricos e devotos na Suécia em 1303. Sua mãe morreu quando Brígida era muito jovem e ela e seus irmãos foram criados por uma tia. Aos dez anos de idade, Brígida teve uma visão de Cristo na cruz em seu sofrimento agonizante. Em sua visão, Brígida viu Cristo com suas feridas da Sexta-feira Santa, com as feridas do “Homem das Dores” de que se fala em Isaías 53. Ela perguntou a Jesus quem o feriu, e Ele respondeu: “Aqueles que me desprezam e recusam meu amor por eles.” Ela continuaria a escrever sobre essas revelações; suas obras foram publicadas postumamente.

2. Brígida serviu na corte real da Suécia.

Brígida casou-se em 1316, aos 13 anos, com Ulf Gudmarsson, de 18 anos, o príncipe sueco de Nerícia. Os dois se juntaram à Ordem Terceira de São Francisco e dedicaram seus recursos à construção de um hospital e ao cuidado das necessidades dos pobres. Ulf serviu no conselho do rei da Suécia, Magnus Eriksson, e o rei pediu que Brígida fosse uma dama de companhia de sua esposa, a rainha Blanche de Namur.

 

 

 

 

3. Brígida foi mãe de oito filhos, incluindo uma santa.

Brígida e Ulf criaram uma grande família juntos. Dos oito filhos de Brígida, dois morreram na infância e outros dois morreram nas cruzadas. Dois de seus filhos sobreviventes se casaram e outros dois ingressaram na vida religiosa. Uma delas foi canonizada como santa Catarina da Suécia. 

 

4. Brígida fundou uma ordem religiosa, os brigidinos, depois que seu marido morreu.

Brígida e Ulf fizeram uma peregrinação a Santiago de Compostela, Espanha, entre 1341 e 1343, mas na viagem de volta, Ulf ficou doente. O casal parou na França até Ulf recuperar a saúde, mas logo depois que retornaram à Suécia, em 1344, ele morreu.

Depois da morte de Ulf, Brígida deu sua riqueza aos pobres e dedicou sua vida a Cristo, seguindo um chamado de Deus para fundar uma nova ordem religiosa.

Ela fundou a Ordem do Santíssimo Salvador, agora conhecida como brigidinos, em 1346, e sua congregação foi aprovada pelo papa Urbano V em 1370. Os brigidinos seriam liderados por uma abadessa e compostos por freiras e sacerdotes. Os sacerdotes, que viviam em uma seção separada, serviam como capelães e confessores para as freiras.

O rei Magnus ajudou Brígida a fazer da abadia de Vadstena o lar dos brigidinos. Ele doou um pequeno palácio e terras para o novo mosteiro.

 

 

 

Mas Brígida nunca veria seu trabalho dar frutos. Ela teve uma visão de Cristo chamando-a para retornar a Roma e aguardar o retorno do papa da França durante o papado de Avignon. Ela nunca se tornou freira e nunca viu o mosteiro em Vadstena. Ela morreu vários anos antes do retorno permanente do papa a Roma.

Mas sua ordem se espalhou pela Europa e existe ainda hoje em mosteiros contemplativos e conventos apostólicos, com filiais em 19 países como Suécia, Noruega, Polônia, Itália, Israel, Índia, Filipinas, México e os EUA.

5. Santa Brígida é co-padroeira da Europa.

Depois que Brígida morreu em Roma em 23 de julho de 1373, seus filhos levaram seus restos mortais de volta para a sede de sua ordem religiosa. Menos de 20 anos depois, em 1391, o papa Bonifácio IX a proclamou santa. Suas revelações e escritos sobre os sofrimentos de Cristo foram publicados depois de sua morte. Em 1999, o papa são João Paulo II a escolheu como uma das três co-padroeiras da Europa, junto com santa Catarina de Siena e santa Edith Stein.

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