Jul 26, 2024 / 11:01 am
Um tribunal federal de Manhattan, em Nova York, EUA, condenou Bevelyn Beatty Williams, de 33 anos, a três anos e cinco meses de prisão por violar a Lei de Liberdade de Acesso a Entradas de Clínicas (FACE, na sigla em inglês).
Williams foi condenada na quarta-feira (24) por "interferência, inclusive por ameaças e uso de força, com indivíduos que buscam obter e fornecer" abortos, segundo o Departamento de Justiça dos EUA. A ativista pró-vida foi condenada por pregar o Evangelho em frente a uma clínica de aborto e pela acusação de ferir a mão de um funcionário da clínica e bloquear a entrada.
"Fui perseguida como cristã que defende minhas crenças quando se trata de vida", diz uma declaração de Williams na página em que arrecada fundos para financiar a apelação de sua condenação. "Essa é uma notícia devastadora. Não só esse vínculo é extenso para o crime acusado, mas ela [a juíza] deixou muito claro no tribunal que faria de mim um exemplo”.
Segundo comunicado de imprensa do Departamento de Justiça dos EUA divulgado na quarta-feira (24), Williams encostou-se na porta da clínica, bloqueando a entrada de um funcionário da clínica e prendendo a mão de outro funcionário na porta.
O comunicado diz que, segundo uma transmissão ao vivo nas redes sociais publicada por Williams, ela "ficou a poucos centímetros da diretora administrativa do Centro de Saúde e ameaçou 'aterrorizar este lugar' e avisou que 'vamos aterrorizá-lo tão bem, seu negócio vai acabar, mamãe' ".
Williams, que tem uma filha de dois anos, quer recorrer da decisão.
"A preocupação de ser uma jovem mãe e uma dona de casa foi completamente desconsiderada", continuou Williams.
"Ela me disse antes de me sentenciar que eu era jovem e que não seria definida pela minha sentença, antes de tomar uma decisão consciente de me afastar da minha filha de dois anos por três anos", disse Williams sobre a juíza. "Tenho 60 dias para recorrer do meu caso e lutar pela minha liberdade e preciso de toda a ajuda possível! "
Williams, nascida em Staten Island, Nova York, fez seu primeiro aborto aos 15 anos depois de abandonar o ensino médio, segundo o site de seu ministério At Well Ministries. Depois, fez mais dois abortos e vivia em um caminho "autodestrutivo" de drogas e bebidas.
Depois de ser presa por lavagem de dinheiro, ela teve uma experiência de conversão e "depois de sua libertação, seguiu em frente com a determinação de escolher um novo caminho". Ela co-fundou o At Well Ministries, especializado em ministério de rua e ministério para os sem-teto, e posteriormente fez uma mudança em direção ao ativismo pró-vida.
Williams é um dos muitos ativistas pró-vida que foram condenados sob a Lei FACE nos EUA nos últimos anos, incluindo vários idosos e um padre católico.
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