Jul 28, 2024 / 11:26 am
O papa Francisco refletiu no Ângelus de hoje (28), na Praça de São Pedro, Vaticano, sobre três gestos essenciais que todo católico deve ter na missa: oferecer, dar graças e partilhar.
Partindo do Evangelho do dia, que narra o milagre dos pães e dos peixes (Jo 6, 1-15), o papa destacou como estes gestos são fundamentais para a vida cristã.
1. Oferecer
O papa começou sua reflexão falando do primeiro gesto: oferecer. Recordando o menino que ofereceu os seus cinco pães e dois peixes, disse: “É o gesto com o qual reconhecemos ter algo de bom para dar e dizemos o nosso ‘sim’, mesmo que o que temos seja muito pouco em relação às necessidades”. Na missa, este gesto é observado quando o sacerdote oferece o pão e o vinho sobre o altar, e cada um dos fiéis oferece a si mesmo e a sua própria vida.
O papa disse que, embora os nossos dons possam “parecer pouca coisa”, nas mãos de Deus podem tornar-se a “matéria para o milagre, o maior milagre que existe: aquele em que Ele mesmo, Ele mesmo, se torna presente entre nós, para a salvação do mundo”.
2. Dar graças
O segundo gesto é o de dar graças. No Evangelho, Jesus pega nos pães e dá graças antes de os dividir. O papa disse que dar graças é reconhecer que tudo o que temos é um dom de Deus: “Tudo o que tenho é dom teu, Senhor, e para te agradecer só posso devolver-te o que por primeiro me deste, junto com teu Filho Jesus Cristo, acrescentando a isso o que posso”.
Francisco também disse que cada um de nós pode dar algo, mesmo que seja pequeno: “O que posso dar ao Senhor? O que o pequeno pode dar ao Senhor? Dar...dizer ao Senhor: ‘Te amo’. Mas nós, pobrezinhos, o nosso amor é tão pequeno, mas dá-lo ao Senhor, o Senhor o recebe”.
3. Partilhar
O terceiro gesto é partilhar, que se manifesta plenamente na comunhão durante a missa. “Na missa é a comunhão, quando juntos nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue de Cristo: fruto do dom de todos transformado pelo Senhor em alimento para todos”, disse o papa. Este momento, acrescentou, “nos ensina a viver cada gesto de amor como um dom de graça, tanto para quem a dá como para quem a recebe”.
O papa Francisco concluiu a sua reflexão convidando cada um a se questionar sobre a sua disponibilidade para oferecer, dar graças e partilhar: “Acredito realmente, pela graça de Deus, de ter algo único para dar aos meus irmãos, ou sinto-me anonimamente “um entre tantos”? Sou protagonista de um bem a ser doado? Sou agradecido ao Senhor pelos dons com os quais Ele continuamente manifesta a mim o seu amor? Vivo a partilha com os outros como um momento de encontro e de enriquecimento recíproco?”.
Por fim, pediu a intercessão da Virgem Maria para viver cada Eucaristia com fé e para reconhecer os “milagres” da graça de Deus na nossa vida cotidiana.
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