19 de setembro de 2024 Doar
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CELAM se solidariza com a "angústia e ansiedade" experimentadas por tantos venezuelanos

Milhares de venezuelanos se manifestaram pela democracia do país em 28 de julho de 2024, dia das eleições presidenciais | Instagram/Edmundo González

“Somos movidos pela angústia e ansiedade experimentadas por tantos” venezuelanos, disse em nota o Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). “Enviamos a nossa proximidade e solidariedade ao povo venezuelano nestes momentos de difícil situação política e social”.

A Venezuela vive uma tensão política desde a eleição presidencial de 28 de julho que o presidente do país, Nicolás Maduro, venceu, segundo a autoridade eleitoral, dominada pelo governo, que não mostrou até agora as atas que registram os votos. Madura governa o país há 11 anos e teria sido reeleito com 51% dos votos contra 46% do seu opositor, Edmundo González.  O resultado é contestado pela oposição, para quem González recebeu 67% dos votos contra 30% para Maduro, segundo uma projeção baseada em atas fotografadas.

Milhares de venezuelanos saíram às ruas para protestar contra as eleições e Maduro colocou as Forças Armadas nas ruas para coibir os protestos. Mais de 20 pessoas foram mortas nos protestos, segundo ONGs venezuelanas e mais de duas mil pessoas foram presas, segundo o Ministério Público da Venezuela.

O Celam também destacou em seu comunicado que várias conferências episcopais do continente convocaram um dia de oração no domingo, 4 de agosto e “outros expressaram sua proximidade com aqueles que emigraram e vivem em diferentes países da América Latina e do Caribe”.

“Muitas comunidades estão se mobilizando em espírito de oração. Acompanhamos estas expressões de fraternidade com o povo venezuelano e encorajamo-lo a continuar a pedir a Deus, Senhor da história, que ilumine o caminho da Venezuela rumo à paz, à justiça e ao bem comum” e “unimo-nos aos bispos venezuelanos que, como pastores, expressaram: “É o próprio Cristo que sustenta nosso país! Que o desânimo e o desespero não encontrem lugar na vida do cristão”, enfatizou a presidência do CELAM.

“Que a sabedoria de Deus encha a mente e o coração de todos aqueles que têm a responsabilidade de tomar decisões em favor do povo e que Maria, nossa Mãe do céu, nos faça sentir mais irmãos e irmãs”, pediu o Conselho Episcopal Latino-americano.

Arcebispo do Panamá

O arcebispo do Panamá, dom José Domingo Ulloa Mendieta em sua homilia no domingo, 4 de agosto, dia nacional de oração pela paz na Venezuela pediu "que a violência seja substituída pela paz", convidando todos a rezarem” para que a verdade e a transparência sejam prevalecidas em seus tempos de escuridão e incerteza" e que a decisão da maioria dos venezuelanos, que votaram a favor da democracia, seja respeitada, reconhecida e aceita.

Estados Unidos e países sul-americanos reconhecem vitória de González

No dia 1º de agosto, os Estados Unidos reconheceram a vitória de Edmundo González na eleição da Venezuela, acompanhado de outros países sul-americanos, como: Argentina, Chile, Costa Rica, Equador, Panamá, Peru e Uruguai.

No dia 3 de agosto, a Alemanha, Espanha, França, Holanda, Itália, Polônia e Portugal assinaram uma nota conjunta pedindo às autoridades venezuelanas que “divulguem rapidamente todas as atas eleitorais, de forma a garantir a total transparência e a integridade do processo eleitoral”, visto que “a oposição indica que recolheu e publicou mais de 80% das atas eleitorais elaboradas por cada mesa de voto”. “Esta verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano”, destacaram.

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