Aug 15, 2024 / 16:11 pm
Líderes pró-vida no Missouri, EUA, estão em campanha contra proposta de emenda constitucional de "liberdade reprodutiva" que consagraria o chamado "direito ao aborto em qualquer momento da gravidez". Se aprovada, a emenda seria uma reviravolta, depois de anos de ganhos pró-vida no Estado do centro-oeste dos EUA.
A Emenda 3, autorizada na terça-feira (13) a ser votada junto com a eleição presidencial de 5 de novembro nos EUA, proibiria “qualquer regulamentação do aborto, incluindo regulamentações elaboradas para proteger mulheres que se submetem a abortos e proibir qualquer recurso civil ou criminal contra qualquer pessoa que faça um aborto e machuque ou mate mulheres grávidas", segundo a Secretaria de Estado do Missouri.
A lei do Missouri atualmente protege bebês durante toda a gravidez, exceto em casos de “emergência médica”. O Missouri agora é um dos oito Estados dos EUA com pelo menos uma medida relacionada ao aborto nas cédulas de votação.
Para a Conferência Católica do Missouri (MCC, na sigla em inglês), que reúne os bispos católicos do Estado, trata-se de uma "emenda constitucional radical que legaliza o aborto em qualquer estágio da gravidez, sem proteção para o feto, mesmo quando a criança já é capaz de sentir dor".
“A Conferência Católica do Missouri vai trabalhar para informar o público sobre essa emenda redigida de maneira enganosa”, disse a MCC à CNA, agência em inglês da EWTN News. “Pedimos a todos os missourianos de boa vontade que defendam a saúde e a segurança das mulheres e seus filhos ainda não nascidos e se oponham à Emenda 3”.
Susan Klein, diretora executiva do grupo pró-vida Missouri Right to Life (MRL, na sigla em inglês), disse ontem (14) à CNA que o grupo está “se preparando há dois anos” para lutar contra a emenda proposta, caso ela apareça na cédula de votação. Ela disse que o MRL formou uma coalizão de grupos pró-vida e denominações religiosas em todo o Estado para informar os eleitores sobre a emenda.
Klein disse que os eleitores do Missouri precisam saber que a emenda anularia várias proteções pró-vida atualmente em vigor no Missouri, como proibição de aborto por nascimento parcial, e a possibilidade de mulheres processarem provedores de aborto por negligência médica.
“Não seremos capazes de regular o aborto se essa emenda for aprovada. Não seremos capazes de regular a segurança de forma alguma — não que o aborto seja seguro — mas não seremos capazes de regular quaisquer limites de segurança para uma mulher que vai fazer um aborto”, disse Klein.
“Esta é uma medida radical que eu espero que as pessoas pensem e votem não. Se elas querem falar sobre outras instâncias ou exceções, essa não é a emenda que faz isso. Essa emenda é aborto, sem limites, por todos os nove meses de gravidez”.
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