21 de dezembro de 2024 Doar
Um serviço da EWTN News

Conferência episcopal da Nigéria condena abusos litúrgicos e pede rigor

Membros da Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria (CBCN, na sigla em inglês). | Arquidiocese de Abuja.

Membros da Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria (CBCN, na sigla em inglês) condenaram nos “mais fortes termos” abusos em celebrações litúrgicas no país da África Ocidental, instando sacerdotes e bispos a tomarem “medidas imediatas” para restaurar a dignidade e a santidade do culto.

Membros da CBCN expressaram preocupação, em comunicado divulgado na última quinta-feira (15), com uma tendência crescente de desvios das normas litúrgicas estabelecidas, dizendo que são uma afronta direta à sacralidade da liturgia e uma fonte de escândalo dentro da Igreja.

“É com profunda preocupação e justa indignação que observamos um aumento alarmante de aberrações durante o culto em toda a nossa nação, perpetradas por alguns dos nossos próprios sacerdotes”, diz a CBCN.

Eles acrescentam: “Esses abusos incluem desvios das orações prescritas e das rubricas da Missa, incluindo a Oração Eucarística; manejo irreverente da Eucaristia; caminhar pelo corredor enquanto leva o ostensório durante a exposição do Santíssimo Sacramento e abençoar as pessoas usando gestos semelhantes a aspersão de Água Benta”.

A CBCN também menciona a música inadequada, como trazer músicas seculares para a liturgia, e danças indecorosas “até com o ostensório contendo a Eucaristia”.

Eles também condenam o que descrevem como comercialização da liturgia na forma de “fazer muitas coletas e arrecadação de fundos no meio de celebrações litúrgicas”.

Outros “abusos” que os membros da CBCN condenam são o uso do púlpito em busca interesses pessoais, a incorporação de costumes locais que são inconsistentes com a fé, a falta de uso de vestimentas adequadas, a falta de preparação adequada para todos os aspectos da celebração litúrgica, a invenção de ritos, como a Dedicação da Criança “com alguns padres colocando a criança no altar, quando, na doutrina da Igreja, uma criança é dedicada a Deus durante o batismo; bênção de itens não aprovados pela Igreja como sacramentais; e muitos outros”.

“Essas graves violações não são apenas uma afronta direta à santidade da liturgia, mas também uma fonte de escândalo e constrangimento para a Igreja na Nigéria. Condenamos, nos termos mais fortes possíveis, todo e qualquer abuso dentro da sagrada liturgia”, dizem os membros da CBCN.

“A liturgia não é um playground privado para inovação pessoal. Não é uma plataforma para a autoexpressão do celebrante. É um legado sagrado, transmitido pela Igreja, que deve ser celebrado de acordo com as normas e tradições estabelecidas”.

A CBCN disse que “qualquer sacerdote que se encarregue de se desviar destas normas é culpado de uma grave traição ao seu dever sagrado e está desviando os fiéis”.

“Tais ações não são apenas erros de julgamento; são violações da ordem sagrada e devem ser tratadas como tal. Lembramos aos nossos sacerdotes que o altar não é um palco para teatro, nem a liturgia é um local para novidades”, dizem os líderes da Igreja em sua declaração assinada pelo arcebispo de Owerri, Nigéria, dom Lucius Iwejuru Ugorji, presidente da CBCN.

Eles também enfatizam: “A Igreja nos deu diretrizes claras sobre como a liturgia deve ser celebrada, e estas devem ser seguidas sem exceção. A fidelidade às leis da Igreja não é opcional – é obrigatória. Os fiéis merecem nada menos do que a celebração verdadeira e reverente dos mistérios da nossa fé”.

Dirigindo-se aos bispos, que são os “principais liturgistas das suas dioceses”, os membros da CBCN exortam-nos a “tomar medidas imediatas e decisivas para corrigir esses abusos”.

“Os fiéis esperam de vós liderança, e é o vosso dever sagrado garantir que a liturgia na vossa Diocese seja conduzida com a dignidade e a reverência que exige”, diz a CBCN.

Eles dizem ser “imperativo” que os bispos “trabalhem juntos para garantir que os padres dentro das suas jurisdições cumpram estritamente as diretrizes da Igreja. Este esforço colaborativo é essencial para manter a unidade e a santidade do nosso culto litúrgico”.

Os membros da CBCN falaram aos sacerdotes sobre a “sagrada responsabilidade de celebrar os mistérios da nossa fé”.

“Esta não é uma responsabilidade a ser assumida levianamente, nem é uma responsabilidade que permite uma interpretação pessoal. Isto só pode ser alcançado quando a liturgia é celebrada com o decoro, a reverência e a fidelidade que exige. Os abusos e desvios da forma prescrita não são apenas inaceitáveis, mas constituem um grave desserviço aos fiéis e à Igreja”, dizem os líderes da Igreja.

Apelam a um compromisso renovado com a celebração adequada e fiel da liturgia, exortando todos os envolvidos a garantir que as celebrações litúrgicas reflitam a beleza, a ordem e a santidade pretendidas pela Igreja.

“A liturgia é uma antecipação do banquete celestial, um encontro sagrado com o divino, e deve ser sempre conduzida com a máxima solenidade e reverência. Quaisquer ações que diminuam este encontro sagrado devem ser condenadas e corrigidas com a seriedade que merecem”, afirmam os membros da CBCN.

Eles estendem a sua “sincera gratidão a todos os sacerdotes que, na celebração da liturgia, permanecem fiéis aos ensinamentos e às tradições da Igreja”.

“O vosso compromisso com a reverência, o decoro e a fidelidade defendem a santidade do nosso culto e servem como um exemplo brilhante para todos”, diz a CBCN.

Eles pedem: “Que as nossas celebrações litúrgicas reflitam sempre a beleza, a ordem e a santidade que devem transmitir, aproximando os fiéis do mistério de Cristo; e que Nossa Senhora, elevada ao céu, interceda por nós para que sejamos fiéis aos ensinamentos de seu Filho e da Igreja”.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar